Assim que retomada às aulas nas redes pública e particular de ensino, após o período de férias, as escolas foram orientadas a ficarem atentas sobre casos de gripe comum em sala de aula. A orientação foi reforçada pela Secretaria de Saúde depois do surgimento de casos suspeitos no Município e agora, a preocupação deverá ser redobrada, com a morte da professora de um Centro de Educação Infantil (CEI). A jovem de 24 anos foi a primeira vítima fatal da nova gripe A em todo Mato Grosso do Sul.
A equipe de reportagem entrou em contato com algumas escolas da Cidade para saber como a orientação vem sendo seguida. Ao todo, foram procuradas duas escolas da rede estadual de ensino, uma da rede municipal e uma escola particular.
Até sexta-feira (14), em torno de 60 alunos da escola estadual João Magiano Pinto (Jomap) foram dispensados das aulas por apresentarem sintomas de gripe e doenças respiratórias. Conforme o diretor Evandro Daniel Fontes Bernardes, o número, que corresponde a uma média de um aluno por sala de aula, não é alarmante.
“A preocupação existe. Desde o início após o período de férias, os professores ficaram mais atentos. Fomos capacitados e agora estamos orientando os alunos e aqueles que chegam com tosse ou febre irem para casa. Mas os dados, por enquanto, estão tranquilos”, explicou.
Bernardes explica que são poucos os casos em que a direção precisa entrar em contato com os pais para avisar sobre os filhos. Ao menos no Jomap, a situação é inversa: são os pais que procuram a diretoria com frequência para tirar dúvidas sobre a doença. “A colaboração dos pais está sendo muito grande. Eles, já conscientizados, não mandam os filhos para a escola em casos de gripe”, disse.
Segundo Evandro, a média de faltas dos alunos com gripe comum ainda não chega a sete dias – como orienta a Secretaria Municipal de Saúde, em casos mais graves da doença. Os alunos são liberados dos compromissos escolares até a total recuperação, que, no JOMAP, está durando em torno de dois a três dias. Ele explica que não foram registrados casos suspeitos da gripe A (H1N1) no colégio.
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Enquanto os pais dos alunos da escola JOMAP estão alertas aos cuidados para com a nova gripe, na escola estadual Afonso Pena, são os próprios alunos que fazem o trabalho de “fiscais”. Conforme a diretora adjunta do colégio, Célia Maria de Paula Sanches, além da participação dos pais, os próprios alunos procuram a diretoria para informar quando um colega de sala está com gripado.
Na escola, a nova gripe foi tema da reunião de pais e mestres. Um servidor da Secretaria Municipal de Saúde já esteve no colégio para ministrar uma palestra aos professores e pais de alunos.
Mas estes não são os únicos cuidados tomados pelos alunos. Na escola, desde o retorno das aulas, os alunos já adotaram sabonetes, toalhas e copos e talheres próprios como materiais escolares. “Todos os alunos foram orientados a trazerem estes materiais de higiene pessoal e também talheres.
Boa parte das crianças já adotou a nova medida. Mas ainda enfrentamos um pouco de resistência com os adolescentes”, explicou.
Por enquanto, a diretora adjunta não soube informar o número exato de alunos que não estão freqüentando as aulas por apresentarem sintomas de gripe.
Célia Maria informou que, nesta semana, a escola deverá fechar um levantamento sobre quantos alunos estão em casa por estarem com sintomas de gripes.
