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Três Lagoas

Holerite de boa parte dos três-lagoenses não ultrapassa dois salários mínimos

A estimativa é baseada no ranking sobre as profissões que registrou mais contratações de janeiro a junho de 2009, em Três Lagoas

Os dados do CAJED também apontam para um dado preocupante: atualmente boa parte da renda dos trabalhadores da Cidade não ultrapassa a média de dois salários mínimos. A estimativa é baseada no ranking sobre as profissões que registrou mais contratações de janeiro a junho de 2009, em Três Lagoas.

Dos 20 setores que mais contrataram no primeiro semestre deste ano, apenas três registrou uma média salarial superior a dois salários mínimos: operador de trator florestal, com salário R$ 1.272,94 e que ocupa a terceira posições no ranking de mais contratações; mecânico de manutenção de máquinas, em geral (R$ 1.301,85), que ocupou a penúltima (19ª) colocação, e armador de estrutura de concreto, com salário de R$ 911, mas que ainda não chega a dois salários mínimos (R$ 930).

Ainda baseada no levantamento do CAJED sobre as profissões que mais contrataram neste ano, o trabalho de costureiro na confecção em série registrou um dos salários mais baixos: R$ 472,77. Na mesma média também aparecem: embalador, a mão (R$498,41), e costureiro, a máquina da confecção em série (R$477,56).

Em contrapartida, o nível de qualificação profissional dos trabalhadores de Três Lagoas aumentou. O coordenador do CIAT explicou que, atualmente, a dificuldade maior está em encontrar trabalhadores para cargos tidos como mais simples. “O perfil do nosso trabalhador mudou. Hoje, a nossa maior dificuldade é encontrar profissionais para o serviço de padeiro, açougueiros e outras. Recentemente, levei 15 dias para achar um açougueiro. São vagas chamadas de geração, que passa de pai para filho e, como qualquer outra profissão, é de extrema importância”, disse.

Pelo ranking, a profissão com maior índice de contratações dentro deste período foi de operador de produção (química, petroquímica e afins). Com um salário médio de R$ 572,58, o setor teve um total de 341 admissões contra 148 demissões – saldo positivo de 193. O setor é seguido alimentador de linha de produção (salário de R$ 598,37), e que teve um saldo de 106 admissões a mais – de janeiro a junho, foram 428 contratações contra 322 desligamentos.

No mesmo ranking aparece, na terceira posição, a profissão de operador de trator florestal (salário de R$ 1.272,94), com 109 admissões e apenas três desligamentos – saldo de 106 contratações. O quarto lugar ficou para a profissão de motorista de caminhão (salário de R$ 877), com 206 admissões e 104 desligamentos, saldo de 102 vagas.