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Três Lagoas

Moradores reclamam de valetas e areão

Várias ruas do bairro estão tomadas por valetas e terra solta

Há pelo menos 15 dias alguns moradores do Jardim Oiti estão sentindo-se como se estivessem “isolados” no bairro.  Terra solta e valetas impedem o acesso dos moradores com seus veículos às residências. A preocupação da população agora é com as possibilidades de chuva e que todos fiquem ilhados sem poder sair de suas casas. Na tentativa de solucionar e chamar atenção para o problema, os moradores do bairro se reuniram na tarde de ontem (2) com o vereador Ângelo Guerreiro para buscar uma medida para o problema que atinge principalmente a rua Bernardino Antônio Leite e Domingos Rímoli.

Morador do bairro há 20 anos, o aposentado João Alves conta que o problema com o escoamento de água vem ocorrendo há anos. “Desde quando moro aqui nada foi resolvido. A construção do piscinão só piorou as coisas. Quando chove muito ele [reservatório] transborda e nós temos que ficar cuidando para não alagar tudo. Sem contar os mosquitos e pernilongos. Até peixe tem ai”, comenta.

De acordo com os moradores, as máquinas começaram a trabalhar no local para a construção de uma galeria, mas há aproximadamente 15 dias a obra está parada.  De acordo com Sebastião Gomes, outro processo poderia ser feito para conter as enxurradas. “Eles gastaram um dinheirão aqui e não resolveram. Quando chove, a água toma conta de tudo. Já estamos presos com essa terra, direto os carros ficam atolados. Imagina se chover por estes dias. O que vai ser de nós?”.

O vereador Ângelo Guerreiro, que esteve presente na manifestação dos moradores, promete cobrar a resolução do problema. “Quando estava vindo para cá encontrei o pessoal da Prefeitura. Eles disseram que abriram a valeta, mas, como o tempo pode ficar ruim, eles vão tapar tudo novamente”.

Segundo Guerreiro, um morador o procurou na terça-feira, no gabinete móvel, para relatar o problema. “Até um abaixo-assinado eles me entregaram. A situação é de calamidade. Eles abriram a rua para fazer canalização e não fecharam, se chover vai ser desastroso. A realidade é uma verdade. Isso não são meses, são anos”.

Ana Lúcia Rosa é uma das moradoras que mais sofre com o problema. Como mora em uma casa de esquina está cercada de terra fofa por todos os lados, um tipo de areão movediço. “Faço uma ginástica para conseguir tirar o carro.

Não uso mais a rampa, tenho que sair pela lateral da calçada. Todo dia é uma luta para não cair nesse buraco e principalmente para não atolar o carro na areia. Fico imaginando como o Corpo de Bombeiro ou o Samu vão proceder caso alguém precise de uma emergência. Estamos ilhados em terra seca. Não quero nem imaginar se chover”, disse.