TL despenca para 20ª posição em desenvolvimento no MS

Três Lagoas caiu da 12ª para a 20ª posição no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM). Os novos dados oficiais de 2006 foram divulgados recentemente, pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), responsável pelo estudo do desenvolvimento humano, econômico e social dos municípios brasileiros.

Conforme o estudo mais recente, Três Lagoas ficou na 1.654ª posição entre os municípios com melhor desenvolvimento. Os índices foram bastante inferiores ao dos anos anteriores e também a baixo da média estadual.

Em Mato Grosso do Sul, a média foi a seguinte: 0,6938 de IFDM; 0,6940 de Emprego e Renda; 0,6702 de Educação e 0,8172 de Saúde. Já Três Lagoas teve a seguinte pontuação: IFDM (0,6652); Emprego e Renda (0,4964), Educação (0,6923) e Saúde (0,8071), ficando no índice considerado mediano.

A situação foi bem diferente de cidades como Campo Grande. A Capital sul-mato-grossense ocupa, pelo segundo estudo consecutivo, a primeira posição dos municípios mais desenvolvidos do Estado e a 150ª posição em todo o País. A cidade morena registrou índices como: 0,8239 no IFDM; 0,8737 na categoria Emprego e Renda; 0,7082 na Educação e 0,8899 em Saúde.

Campo Grande foi seguida de Ribas do Rio Pardo, 2ª posição estadual e 599ª nacional, com IFDM de 0,7407 (média somando as três bases pesquisadas: emprego e renda, educação e saúde). São Gabriel do Oeste apareceu na terceira posição do Estado e 628ª do País com uma média de 0,7380 no IFDM.

A quarta melhor cidade, segundo o estudo, é Bataguassu, que ocupa a 776ª posição no ranking nacional, com uma média de 0,7217 no IFDM.

Pela analise especifica, Três Lagoas apresentou uma leve melhora na categoria Emprego e Renda, passando a ocupar a 17ª posição no ranking estadual. Na mesma categoria, as quatro primeiras posições permaneceram a mesma. Já Corumbá, conseguiu saltar da 11ª posição no ranking geral para a 5ª posição. Esta foi a única melhora apresentada pela cidade das águas.

Em Educação, Três Lagoas caiu uma posição. Perdendo o 20º lugar para Naviraí, que no geral está em 10º lugar. As três primeiras posições em Educação foram ocupadas por: Rio Negro (18ª no geral); Cassilândia (13ª) e Chapadão do Sul (5ª no geral).

Mas a pior classificação registrada pelo Município foi em Saúde: 38ª posição. Os municípios de Angélica (22ª no geral), Itaporã (7ª) e Rio Negro.

Foram pesquisados dados de 78 municípios sul-mato-grossenses.

ÍNDICES ANTERIORES

Segundo dados do IFDM, em 2000, o Município ocupava a 12ª posição no Estado e a 1.410ª no ranking nacional, com as seguintes pontuações: 0,6162 de IFDM; 0,4686 de Emprego e Renda; 0,6641 em Educação, e 0,7152 em Saúde.

A posição estadual permaneceu a mesma até 2005; ano em que a Três Lagoas apresentou uma leve melhora na escala nacional, passando para a 1.214ª posição. Na época, a cidade registrou os índices de 0,6933 (IFDM), 0,5515 (Emprego) e 0,6974 (Educação) e 0,8309 (Saúde).

Na mesma época as primeiras posições no geral, em Mato Grosso do Sul, eram ocupadas por Campo Grande (130ª nacional), Dourados (453ª) e São Gabriel do Oeste (615ª posição nacional).

A diferença de pontuações de um ano para o outro aponta um percentual negativo de 4,0%, passando de 0,6933 (pontuação geral de 2005) para 0,6652 (em 2006). O Município também permaneceu no “vermelho” na comparação por categoria. Em relação ao “emprego e renda” houve uma queda de 10% (0,5515 para 0,4964). A menor diferença registrada foi na categoria de Educação, caindo de 0,6974 para 0,6923: saldo negativo de 0,7%. Já em Saúde, o índice do Município caiu de 0,8309 para 0,8071 (-2,9%).

Os municípios com a melhor porcentagem de um ano para o outro foram: Porto Murtinho, 22% de melhoria no geral; Figueirão 59,10% em Saúde; Alcinópolis 16% em Educação e Sonora, 73,0% em Emprego e Renda.

O IFDM

O Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) surgiu em virtude de uma ação realizada no ano de 1997, com a realização do Mapa do Desenvolvimento do Rio de Janeiro. O objetivo era acompanhar, de forma permanente, o desenvolvimento humano, econômico e social do interior carioca. Em seguida, a proposta foi expandida para todo o País.

A defasagem temporal de três anos entre o IFDM e a divulgação acontece por conta do levantamento dos dados estatísticos oficiais. Apenas em 2009, segundo a Firjan, foi possível reunir todos os dados dos Ministérios da Educação, da Saúde e do Trabalho.

A leitura dos resultados – por áreas de desenvolvimento ou do índice final – é bastante simples, variando entre 0 e 1, sendo quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento da localidade.