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Inflação para quem ganha até dois salários mínimos subiu 0,20% em agosto

Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV)

A inflação para as famílias com rendimentos de até dois salários mínimos e meio fechou o mês de agosto com taxa de 0,20%. A alta foi menos intensa do que a observada em julho (0,24%). Os dados são da Fundação Getulio Vargas (FGV), que divulgou hoje (10) o Índice de Preços ao Consumidor Classe 1 (IPC-C1).

O resultado mostra que a alta de preços sentida por essa parcela de brasileiros foi igual à voltada para a população com ganhos entre um e 33 salários mínimos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que também ficou em 0,20%.

No ano, o índice acumula elevação de 3,44%, acima dos 3,22% acumulados pelo IPC-BR. Nos 12 meses encerrados em julho (inflação anualizada), a alta acumulada é de 4,51%, abaixo dos 4,73% acumulados no mesmo período pelo IPC-BR.

Contribuíram para o resultado de agosto as baixas observadas nos seguintes grupos: vestuário (de 0,04% para –0,84%), influenciado principalmente por roupas (de 0,16% para –0,85%); saúde e cuidados pessoais (de 0,23% para –0,34%), especialmente artigos de higiene e cuidado pessoal (de 0,38% para –0,39%); despesas diversas (de 0,20% para –0,19%), com destaque para alimento para animais domésticos (de 0,79% para –1,33%); alimentação (de 0,02% para 0,01%), principalmente laticínios (de 3,16% para –5,36%); e transportes (de 0,02% para 0,01%), com a influência de transporte público interurbano (de 1,66% para 0,17%).

A diarista Bernadete Cândida, que ganha aproximadamente dois salários mínimos por mês, disse que notou a diferença na hora de fechar as compras mensais.

“Eu percebi principalmente que as roupas estavam um pouquinho mais baratas. A diferença não era tão grande, mas deu pra comprar algumas coisas para os meninos”, afirmou ela, que sustenta sozinha a casa onde mora com três filhos.

Por outro lado, o levantamento da FGV revela que ficaram mais caros para o consumidor os itens dos grupos habitação (de 0,77% para 0,99%), pressionado por tarifa de água e esgoto residencial (de 0,00% para 1,70%); e educação, leitura e recreação (de –0,09% para 0,03%), puxado por recreação (de –1,55% para 0,26%).

O IPC-C1 foi lançado oficialmente pela FGV no ano passado. A série histórica, no entanto, teve início em janeiro de 2004. O índice é divulgado mensalmente.