A Cultura é definida por convenção como algo que é passado de geração em geração, através dos anos, e perpetua-se pelo senso comum, mas o conceito de cultura vai mais além. Maria Adélia Menegazzo, Doutora e professora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), busca na etmologia da palavra uma definição relevante: “Cultura provem de cultivo, como o agrícola, em que se planta uma semente e o seu cultivo rende árvores, frutos, novas sementes para que possam novamente ser cultivadas”.
Analisando esta afirmação, cultura seria então o cultivo de um determinado tema, o qual plantado e cultivado renderá novos temas. Para que isto aconteça de fato, surge a comunicação como a cultivadora dos assuntos.
A comunicação é o adubo da cultura, a água imprescindível ao cultivo das novas sementes, e faz o papel de “abelhinha”, que leva o pólen e espalha pelos campos semeando-a.
Em dezembro próximo haverá em Brasília, a I Cenfecom (I Conferência Nacional de Comunicação), mais recente ainda são as conferências Municipais e Estaduais, que devem seguir, a princípio, as mesmas regras da nacional. Porém está faltando adubo neste cultivo. O poder público é o responsável pela convocação e pela polinização da conferência, existe um certo temor dos políticos.
Se a sociedade civil organizada tiver uma representatividade expressiva nesta Conferência, fatos como a dinastia, oligarquia e o monopólio das comunicações podem ser expostos, a tal ponto, que tenha que ser revistos, e isto, claro, eles não quer, até mesmo porque a grande parte dos proprietários de empresas de comunicação são, também, políticos.
É muito fácil a TV global fazer a esperança das crianças com o sentimento solidário dos brasileiros, difícil é ela juntamente com seus patrocinadores doar este dinheiro. Queremos que às grades tenham espaço para as comunidades mostrarem a sua Cultura. A Conferência busca uma melhora siginificativa na forma de se produzir a comunicação, como o incremento da programação para crianças e adolescentes na grande mídia, priorizando a educação, com temas políticos, sociais e/ou culturais.
Quando se fala em educação não há como desassociá-la da cultura, pois como já vimos lá no primeiro parágrafo é ela que vai expandir a educação ao longo dos anos, mas os movimentos culturais estão quase que de fora das conferências. É preciso que a sociedade civil organizada pela cultura, como os Pontos de Cultura, ONGs e Associações, sejam de negros, indíos, brancos ou pardos busquem participar das conferências, pois só assim teremos espaço para a cultura de nossas comunidades nas grandes mídias.
A televisão é um dos temas abordados na Confecom, há muita coisa ainda a ser discutida, TV digital, celular, Internet (novas tecnologias), rádiodifusão. Portanto, a I Conferência Nacional de Comunicação é um momento em que toda a sociedade deve reunir para definir as diretrizes e ações que o poder público (prefeitos, vereadores, deputados estaduais, deputados federais, ministros, presidente, juízes, promotores, etc) deve er como prioridade no setor de Comunicação.
É um momento muito especial de participação popular na definição das políticas públicas. Por isso é fundamental se inteirar e participar de todas as atividades relacionadas à Conferência na sua cidade. Procure o grupo Pró- Estadual de onde você mora e participe!
Sejamos semeadores, polinizadores e difusores da Confecom, participem! http://proconferenciams.com
