A Fibria informou nesta semana ao mercado a assinatura do memorando de intenções com a CMPC (Companhia Manufatureira de Papéis e Papelões), empresa sediada em Santiago (Chile) para início de negociações sobre possível alienação das instalações industriais, terras e florestas que formam o conjunto conhecido como Unidade Guaíba (RS). Segundo a companhia, o preço da transação do memorando é de US$ 1.430 milhões, sujeito a ajustes.
Segundo comunicado, a aquisição da planta de Guaíba, inclui também a compra de 212 mil hectares em terrenos, 60% da área destinada ao plantio de eucaliptos. O memorando de intenções confere exclusividade à CMPC pelo prazo de 90 dias ou até que as partes firmem os instrumentos que consubstanciem a pretendida negociação, prevalecendo o evento que primeiro ocorrer.
A Fibria garantiu que comunicará imediatamente ao mercado qualquer evolução significativa derivada do processo de negociação.
Objeto da negociação
Na operação, que está em fase final, a companhia chilena vai assumir o controle dO patrimônio da Unidade Guaíba que compreende uma fábrica de celulose com capacidade de produção de aproximadamente 450 mil toneladas anuais, uma fábrica de papel com capacidade produtiva de cerca de 60 mil toneladas/ano. O patrimônio engloba ainda terrenos com área aproximada de 212 mil hectares (dos quais 32 mil hectares consistem em áreas arrendadas, em parceria ou de fomento), além de licenças e autorizações para a execução de um projeto de expansão da fábrica de celulose que elevará a capacidade de produção anual da unidade para cerca de 1.750 mil toneladas.
A CMPC, o braço florestal do grupo chileno Matte, presente também na Argentina, Colômbia, México, Peru e Uruguai, espera finalizar os detalhes da operação nas próximas semanas e fechar formalmente o acordo em dezembro. Trata-se da maior aquisição na história da empresa e a maior compra de capitais chilenos no exterior.
