As escolas das redes públicas e privadas de ensino poderão contar com um policiamento específico ainda neste mês. Desde o mês passado, o 2º Batalhão da Polícia Militar estuda a implantação da “Ronda Escolar” no Município, cuja atuação será exclusivamente destinada a ações preventivas e ostensivas nas escolas.
Segundo o comandante da Polícia Militar, tenente coronel Washington Geraldo de Oliveira, a Ronda Escolar contará com uma viatura própria e, ao menos, dois policiais militares. O objetivo é reduzir os índices de violência dentro e nas proximidades das escolas, principalmente entre as escolas da rede pública, atendendo um pedido antigo de muitos diretores.
“Hoje, este trabalho já vem sendo realizado. Mas não com um policiamento específico. Atendemos na medida do possível. Agora, será uma equipe preparada apenas para isto”, completou.
Geraldo explicou que depende do retorno de 12 policiais militares para o lançamento do projeto. Os militares fazem parte do último Curso de Formação de Soldados, encerrado em maio deste ano, mas que foram afastados por problemas burocráticos. “A maioria ganhou a causa na Justiça e está retornando às atividades. Em relação a viaturas, dá se um jeito”, completou.
Os militares atuarão no policiamento comunitário, com contato direto com as escolas. A forma de trabalho dependerá da situação de cada escola. “O policial terá total liberdade em entrar nas escolas e conversar com os diretores. Não são todas as escolas que enfrentam situações de violência. Mas, já temos um estudo sobre os principais problemas e horários mais críticos das escolas que solicitam a presença da PM com frequência. Estes dados serão utilizados para traçar o planejamento da Ronda Escolar”, destacou Geraldo.
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DROGAS NA ESCOLA
A Ronda Escolar visa manter desocupados, aliciadores, traficantes longe e também prevenir brigas dentro e fora da escola. Conforme o comandante, hoje, o tráfico de drogas dentro e em torno das escolas está controlado. O maior problema é relacionado à briga entre alunos ou até mesmo ex-alunos. Ele conta que muitos estudantes, quando não brigam dentro das escolas, formam grupos para brigar fora. Os grupos não chegam a ser considerados gangues, como já fora visto no passado em Três Lagoas, mas preocupa.
“Hoje, a situação não é crítica, mas já foi. No ano passado, encontramos até bocas de fumo dentro das escolas. O problema ainda persiste, porém bastante reduzido e a nossa meta é não deixar que as drogas retornem para as escolas”, destacou.
Um caso semelhante aconteceu nesta semana. Por volta das 16h30 de segunda-feira (21), um policial militar de folga flagrou três jovens, com idade entre 28 e 18 anos, comercializando drogas próximo à Escola Estadual Edwards Corrêa, bairro Interlagos. Segundo informações da PM, o policial chamou a equipe da Rondas Táticas do Interior (Rotai) que realizou a abordagem dos suspeitos. No veículo utilizado por eles, nada fora encontrado. Porém, com outro suspeito, o que teria comprado o entorpecente, foi encontrado uma trouxinha de “zuca”. Os três suspeitos foram encaminhados para a Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac).
Ainda nesta semana, o Policiamento Integrado, outra ação comunitária, deverá ser reforçado por mais duas viaturas. A ação teve início em agosto deste ano, com o objetivo de colocar viaturas em pontos estratégicos da Cidade.
