Veículos de Comunicação

4

Crise mostrou que era preciso acumular reservas internacionais, afirma diretor do BC

Segundo ele, a definição do nível de acumulação de reservas deve levar em conta não somente o tamanho da economia

Uma das lições da crise financeira internacional é que foi equivocada a análise de que a acumulação de reservas internacionais era excessiva, afirmou hoje (25) o diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita.

Segundo ele, a definição do nível de acumulação de reservas deve levar em conta não somente o tamanho da economia, mas também o grau de internacionalização do sistema financeiro brasileiro. “A política continua. Acreditamos nela”.  O diretor acrescentou que não será anunciado um limite de acumulação das reservas. “Os bancos estão decidindo racionalmente que vale a pena fazer essa operação e achamos, racionalmente, que vale a pena acumular reservas.”

De acordo com Mesquita, a preocupação do BC de “montar um colchão que torne a a economia mais resistente a choques externos” é válida para todos os anos e não somente para 2010, ano eleitoral, período em que aumenta a desconfiança dos investidores.

Desde maio deste ano, o BC tem comprado dólares no mercado à vista para compor as reservas. Atualmente, as reservas internacionais estão em US$ 223,6 bilhões.