Veículos de Comunicação

Três Lagoas

Câmara terá que cortar gastos de R$ 200 mil

O corte de gastos será necessário para atender suplentes

Com a previsão da posse de sete suplentes, os 10 vereadores da Câmara de Três Lagoas vão sofrer cortes drásticos de recursos em seus gabinetes, incluindo recursos humanos. Considerando os atuais gastos, o Poder Legislativo terá de economizar cerca de R$ 200 mil por mês suprir as novas despesas.

Mensalmente, o Município repassa ao Poder Legislativo cerca de R$ 580 mil, em média. Esta verba é utilizada para suprir gastos com salários, obras e despesas com a manutenção do prédio e serviços. Isso equivale um gasto de R$ 58 mil por vereador. Com o aumento do quadro de vagas, o “bolo” terá que ser repartido em 17 fatias, ou seja, a Câmara passará a gastar R$ 34,1 mil com cada vereador.

“É excelente Três Lagoas contar com mais sete vereadores, mas minha preocupação neste momento é contábil e administrativa. Cortar gastos, representa cortar na carne”, alerta o presidente da Câmara, Fernando Milan (PMDB). Já trabalhando com a hipótese da posse dos suplentes para este ano, ele prevê ter que economizar entre 30% a 40% do que hoje é repassado para suprir o aumento do quadro.

Com mais sete vereadores, ou seja, 70% a mais do quadro atual, é natural que ocorra aumento nos gastos da Câmara com despesas como contas de luz, água e telefone, como também, obras envolvendo a construção dos gabinetes dos novos vereadores. No caso do combustível, por exemplo, hoje os 10 vereadores gastam entre R$ 7 a R$ 9 mil, por mês. Com a posse dos suplentes, esse gasto deve aumentar para cerca de R$ 15 mil por mês.

De acordo com a emenda constituição aprovada no Congresso, no caso de Três Lagoas, o repasse para Câmara deve ser de no máximo 7% do orçamento do Município. Hoje, o Poder Legislativo, já se enquadra neste limite, ficando com cerca de 6,5% da receita municipal. Sobre a possibilidade da Prefeitura ter que aumentar o repasse mensal, obedecendo o teto máximo, Milan foi cauteloso. “Enquanto eu fizer a lição de casa eu não peço ajuda. Se não dermos conta, vamos decidir o que fazer, inclusive cogitando a hipótese de pleitear esse meio por cento. Não faço nada sem a opinião da maioria”, afirmou.

Receita
Em audiência pública realizada na Câmara, na última segunda-feira, a administração pública prestou contas informando que a receita do Município nos oitos meses foi de R$ 118,3 milhões. Para a Câmara Municipal, foram repassados R$ 4,6 milhões. No orçamento aprovado para este ano, foi previsto uma despesa anual com a Câmara de 8,7 milhões, o equivalente uma média mensal de R$ 725 mil.