Crise não atrapalhou execução de obras

Apesar da crise financeira mundial, que acabou afetando o orçamento da maioria dos Municípios do Brasil, em Três Lagoas, a Prefeitura não diminuiu a execução de obras, principalmente aquelas de infra-estrutura. “Sentimos também a queda da receita, mas somente com o fechamento das contas de setembro é que teremos um balanço aproximado desse impacto”, informou a prefeita Simone Tebet.

“Já sei que em julho e agosto, comparado com o mesmo período do ano passado, tivemos uma perda de R$ 420 mil na arrecadação”, disse.
Infelizmente, as Prefeituras deixaram de arrecadar “até mais do que o previsto”. Em Três Lagoas a perda mensal ficou acima de 12% da receita.

“Como prevíamos essa crise, 2009 foi planejado dentro das nossas perspectivas e, na execução de obras, contamos, principalmente, com recursos municipais”, explicou. Apesar de todo o controle de receita e despesas, “tivemos dois meses de saldo negativo”, informou.

Nenhuma das obras foi prejudicada por falta de recursos, “porque adotamos o procedimento de só anunciarmos e assinarmos a ordem de serviço, quando temos em caixa os recursos para essa obra”, comentou.

A queda dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), repasse do governo Federal também se fez sentir, de modo acentuado em Três Lagoas. O valor exato das perdas está sendo calculado pela Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento.

No entanto, a recuperação das perdas do FPM, anunciada e prometida pelo governo Federal, está muito aquém da perda real das Prefeituras. Na primeira remessa que foi repassada aos Municípios para recuperação financeira dos meses de março, abril e maio, Três Lagoas recebeu apenas, mais ou menos, R$ 400 mil. Existe uma mobilização nacional dos Prefeitos para o Congresso Nacional aprovar a Medida Provisória, o mais rápido possível, de um segundo repasse, no valor de R$ 1 bilhão para recuperação dos meses de julho e agosto. Para a recuperação da receita, referente a esse período, a expectativa do Município é receber em torno de R$ 420 mil. “A pergunta que nos preocupa muito é se iremos receber ou não alguma coisa em setembro?” comentou a prefeita.