Cerca de 300 indígenas que bloqueiam a BR-163, seis quilômetros após o trevo na saída de Cuiabá, cobram a aceleração do processo de demarcação da aldeia Buriti, em Sidrolândia. O protesto teve início na madrugada e também fechou a BR-262.
Pintados e munidos com arco e flechas, os índios terenas afirmam que não há previsão para encerrar o bloqueio e aguardam a chegada de mais pessoas para reforçar o protesto.
De acordo com o cacique Basílio Jorge, da aldeia Lagoinha, o objetivo é acelerar a demarcação da aldeia Buriti. Segundo ele, 4.600 indígenas ocupam 2.400 hectares. A intenção é ampliar a área para 15 mil hectares.
Segundo o cacique,o protesto só vai terminar quando as “autoridades resolverem o problema”. Ele enfatiza que realizaram protesto similar há dois anos, contudo, a promessa de solução para o caso não foi cumprida.
“O processo está emperrado em São Paulo. Queremos que a mensagem chegue até ao presidente Lula”.
Para impedir o tráfego, os indígenas espalharam troncos pela pista e atearam fogo a pneus.
Desvio – Na saída para Cuiabá, próximo ao bairro Vida Nova, a PRF (Polícia Rodoviária Federal) orienta que os veículos pequenos façam um desvio por dentro do bairro Nova Lima. No trajeto, o motorista tem acesso a uma estrada municipal e volta a BR-163 na altura do km 510.
Já para os caminhoneiros, a orientação é que eles parem próximo a locais com banheiro e água. A estratégia é manter distância para evitar conflitos com os manifestantes.
Nas imediações do trevo, já é grande a quantidade de caminhões parados. A BR-163 é corredor para escoamento da produção.
Parado – Com a mesma motivação, um grupo de índios também bloqueou a BR-262, próximo ao distrito de Taunay, a 55 km de Aquidauana.
Com o protesto, mais de mil alunos estão sem aulas, por não conseguirem chegar à escola.