Gripe A recua e Saúde volta os olhos para a dengue

Com a gripe A (H1N1) recuando, a Secretaria Municipal de Saúde volta os olhos para um problema antigo registrado na Cidade: a dengue.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado pela Vigilância em Saúde, na sexta-feira (2), os índices da nova gripe permanecem os mesmos em relação à semana passada. Ao todo, o Município registrou 25 notificações da doença.
Deste total, oito casos foram confirmados por meio de exames laboratoriais, um por vínculo epidemiológico e três mortes (três mulheres, sendo duas delas residentes em Três Lagoas e outra no interior paulista).
Ainda, segundo a nova tabela, permanecem na condição de “suspeitos”, seis casos registrados, entre eles, a morte de um homem entre 30 a 35 anos de idade. Desde o surgimento da doença no Município, 11 casos foram descartados.
Agora, com a chegada do verão, comum pela maior ocorrência de chuvas e aumento de temperatura, a dengue volta a receber atenção especial. Mesmo com o número de casos controlados após o surto da doença registrado nos anos de 2006 e 2007, é nesta estação que os índices tendem a aumentar, conforme já observado pela equipe de Controle de Vetores.
A maior incidência se deve ao aumento da quantidade de criadouros naturais, gerados pelas chuvas, ou também resultantes de ações da própria população
Dados do Boletim Epidemiológico apontam que, em 2005, foram registrados 77 notificações e 15 casos de dengue confirmados. No ano seguinte, este índice saltou para 2.588 casos notificados e 2.272 confirmados. A epidemia da doença se estendeu até o ano de 2007, quando 3.476 pessoas contraíram a doença e outras 3.506 tiveram sintomas suspeitos.
Já no ano de 2008, o surto acabou, e Três Lagoas voltou a registrar dados semelhantes ao de dois anos antes: 75 notificações e 15 confirmações. Neste ano, os índices permanecem na mesma média. Até o dia 2 de outubro, Três Lagoas havia registrado 76 casos suspeitos de dengue, sendo que dez deles foram confirmados.
Segundo informações da Secretaria de Saúde, entre as atividades para controle do vetor Aedes Aegypti, estão: visitas domiciliares e monitoramento do índice de infestação – por meio das armadilhas (Mosquitrap), elaboração e análise de relatório de acompanhamento e campanhas como Dia da Virada, Saúde nas Escolas, Operação Cidade Limpa, Ação de Prevenção aos Trabalhadores da Construção Civil, Mosquito não tem férias, campanha do Saco Cheio e arrastões de limpeza.
Além disso, de 16 a 20 de novembro teremos a Semana Nacional de Mobilização Contra a Dengue, ação coordenada pela equipe de Educação e Saúde.