Greve dos bancários encerra no Banco do Brasil

Depois de 13 dias de paralisação, os funcionários das duas agências do Banco do Brasil retomaram as atividades na manhã desta terça-feira (6). Segundo a presidente do Sindicato dos Bancários de Três Lagoas e Região, Thelma Gomes Rocha Canisso, em entrevista concedida ao programa RCN Notícias, da Cultura FM 106,5, a reabertura do banco aconteceu após a publicação de uma comunicação interna da diretoria do banco pedindo para que os funcionários retornassem. “Os funcionários retornaram ao trabalho sem receber proposta alguma. A diretoria do banco pediu um voto de confiança, o que, dentro de uma campanha salarial, não tem lógica. Não era para acontecer, tanto que o pedido não só foi negado em muitos locais, como, em algumas regiões, até fortaleceu o movimento”, completou.
A presidente do Sindicato explicou que até ontem (7), apenas os funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) permaneciam em greve, em Três Lagoas. Na semana passada, os bancos particulares – Bradesco, Itaú, Real e HSBC – conseguiram que os funcionários retornassem ao trabalho depois que duas agências conseguiram liminar na Justiça.
Em todo o Mato Grosso do Sul, a greve, até terça-feira (6), atingia cerca de 62 agências bancárias, sendo 52 delas, apenas em Campo Grande, como informou o Sindicato Estadual dos Bancários.
No entanto, a paralisação pode tomar novos rumos a partir de hoje. De acordo com Thelma, na noite de ontem estava prevista mais uma reunião entre a classe e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para uma nova rodada de negociações. “A proposta que será apresentada pelos bancos será discutida em Três Lagoas em uma assembleia geral que acontecerá na sede do Sindicato dos Bancários, às 7 horas. Mas é importante lembrar que, a nova reunião, não significa que a greve irá acabar. Temos de aguardar a contraproposta dos bancos e analisar junto aos bancários”, disse, em entrevista realizada na tarde de ontem.
A paralisação completa hoje um total de 15 dias em todo o País. A classe dos bancários reivindica 10% de reajuste salarial, maior participação da Participação nos Lucros e Resultados (PRL), fim das metas abusivas e contratação de mais funcionários.