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Três Lagoas

Palestras ajudam jovens a enfrentar mercado de trabalho

O psicólogo Sidney Ferreira explicou a importância de desenvolver a intelectualidade para a conquista de espaço no mercado de trabalho

A manhã de ontem (22) foi de esclarecimento e referência à aproximadamente 140 jovens, alunos dos 9º anos das escolas municipais Maria Eulália Vieira, Joaquim Marques de Souza e São Carlos beneficiados pelo projeto “Mercado de Trabalho: Abordagens e Perspectivas”. O evento abriu o ciclo de palestras que visa esclarecer e ajudar esses jovens na busca e identificação de oportunidades no mercado de trabalho.

O psicólogo do Ministério Público Estadual, Sidney Ferreira Ribeiro Júnior, falou sobre disciplina, senso de limites, cidadania, além de direitos e deveres. Ele destacou que as empresas estão cada vez mais seletivas e que apenas conhecimento não é suficiente para conquistar espaço. “Hoje o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo. As empresas estão selvagens, há muita competição e não basta apenas conhecimento técnico, é preciso ter conhecimento humano. Costumo dizer que o jovem precisa de três habilidades para conquistar mercado. A primeira é ser técnico, a segunda é ser humano, é onde entra a questão da responsabilidade, do respeito as regras, a imposição dos limites, por fim, a última é conhecer a empresa, saber a filosofia do local onde vai trabalhar”.

Durante a palestra Sidney falou sobre educação e ausência de limite na criação dos filhos. “Hoje muitos pais têm dificuldades em impor limites. Não existe um manual de criação, mas eles [os pais] não devem deixar os ensinamentos por conta apenas da escola. A educação que impõe limites vem de berço e é essa que auxilia nas escolhas e conduta”, enfatiza.

Ele explica que alguns psicólogos acreditam que o desenvolvimento intelectual depende da liberdade de expressão. “Alguns pais criam os filhos com base nessa liberdade. Muitos deixam a vida ensinar. Realmente a vida ensina, a mídia ensina. Mas isso é uma inversão de paradigmas. Os pais não devem perder a função de educadores. Educação não é bater e brigar, é conversar e impor limites”.

Sobre as exigências do mercado o psicólogo afirma que é preciso um interesse tanto do Governo quanto dos próprios alunos. “Atualmente são oferecidas inúmeras oportunidades. Os jovens têm acesso a cursos, ao Senac. Creio que qualificação não seja um problema grave. Acredito que a falta de interesse possa ser uma das questões. Aqui eles têm muitas oportunidades. É preciso escolher e seguir”.

O próximo encontro acontece no dia 5 de novembro, quem conversa com os jovens é a psicóloga e coordenadora do Jovem Aprendiz, Vilma Portella. No dia 25 é a vez da vice-prefeita e secretária de Desenvolvimento Econômico, Márcia Moura.