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Traficantes e assaltantes na mira da PM

Novo comando informou que irá priorizar o combate ao tráfico de drogas e aos assaltos na Cidade

Ações de combate ao tráfico de drogas e aos assaltos serão prioridades para o novo comando do 2º Batalhão da Polícia Militar (2º BPM). Segundo o major Wilson Sérgio Monari, que assumiu o cargo na tarde de quarta-feira (21), os policiais militares darão continuidade ao trabalho já desenvolvido pelo comando anterior, do tenente-coronel Washington Geraldo de Oliveira, em que ele participou ativamente como subcomandante.

“Vamos manter as mesmas ações, que serão intensificadas, e também buscaremos novas. Temos que combater o tráfico de drogas, pela ligação direta e indireta com quase todos os outros crimes ocorrentes na Cidade, e dar uma atenção maior aos roubos”, declarou.

A prioridade de combate aos crimes como assaltos seguidos de cárcere privados ou roubos simples se deve à violência com que estes são praticados. Monari explica que são crimes contra o patrimônio, porém com a carga de violência por parte dos bandidos, e trauma deixado nas vítimas. “O roubo, assim como todos os outros crimes, não vai acabar. É impossível. Mas, nem por isto, vamos deixar que se crie uma zona de conforto. A nossa meta é trazer esta realidade a índices aceitáveis. Para nós, se houver um assalto, é preocupante”, destacou.

Para isto, o comandante pretende intensificar ainda mais o trabalho de policiamento preventivo e comunitário. O objetivo é, com o maior número de policiais nas ruas, impedir que os crimes aconteçam.

Hoje, alguns policiamentos neste sentido já foram implantados, como o Policiamento Ciclístico (bicicletas) e o Integrado (viaturas que param em prontos estratégicos da Cidade). “Além disto, este tipo de policiamento abre para a filosofia a ser implantada pelo novo comando geral [Coronel Carlos Aberto David], que é o policiamento comunitário. A sociedade é que sabe os problemas que estão enfrentando e devem participar. Segurança Pública é dever de todos”.

REPRESSIVO

Contudo, o fato do novo comando fortalecer o policiamento preventivo, não significa que o repressivo – depois que os crimes aconteceram – será deixado de lado. O novo comandante faz um alerta: “Caso seja necessário, estaremos prontos para agir”. Para combater a criminalidade, a PM conta com o Grupo Especializado Tático de Motos (Getam), implantado neste ano, e a Rondas Táticas do Interior (Rotai). A primeira visa atuar com mais rapidez e reduzir o tempo de resposta da ocorrência. Já o segundo, agir diretamente em conflitos mais graves.

Segundo Monari, atualmente, Três Lagoas conta com duas equipes da Rotai em viaturas (recentemente) camufladas, mas poderá ter uma terceira, caso seja necessário. “No dia dia, a população verá duas equipes, porém, em casos extremos, temos condições de colocar um terceiro grupo em ação. Esta equipe já está montada”.

O 2º BPM também trabalha para a implantação do Pelotão de Choque em Três Lagoas. O grupo tático será composto pelos policiais que hoje atuam na Rotai, no entanto, com equipamentos e ações táticas diferenciadas. O projeto de criação foi encaminhado ao Comando Geral da PM, que sinalizou positivamente.

Durante a visita do coronel David a Três Lagoas, ele informou que quatro tropas de choque serão montadas em Mato Grosso do Sul: Dourados, Três Lagoas, Ponta Porã e mais uma em Campo Grande. “Hoje, este tipo de policiamento é essencial para a nossa Cidade. Ele que atuará em casos de motins, rebeliões, manifestações violentas e greves. Já tivemos provas de que se faz necessário. Enfrentamos uma greve no passado e estamos prestes a receber outros grandes empreendimentos. Temos que estar preparados para agir”, explicou, o comandante.

Monari explicou que os policiais já estão qualificados para atuar no choque, sendo necessário apenas os equipamentos característicos, como: escudos, capacetes, máscaras, armamento químico e de efeito moral e outros.
As ações conjuntas com a Polícia Civil também serão mantidas. “Tivemos ótimos resultados neste ano, principalmente quando, há pouco tempo, prendemos várias pessoas reunidas para planejar assaltos. Hoje, este trabalho aqui desenvolvido está sendo copiado por outras cidades do Município”.

ESTRUTURA

Segundo o comandante, embora tenha recebido o Batalhão em “melhor situação”, que há dois anos, a Polícia Militar precisa de mais investimentos para chegar ao ideal. “Ainda não é o necessário. Hoje, temos metade do efetivo previsto. São em torno de 200 policiais, quando o ideal seriam cerca de 400. Precisamos de mais, muito mais”, destacou.

Em maio deste ano, a PM formou uma turma de 57 novos policiais. Porém, o 2º BPM não atende apenas Três Lagoas e parte deles tiveram de ser remanejados para os outros municípios de responsabilidade da corporação.

Monari reforçou a promessa feita pelo Comandante Geral da PM de que, em breve, mais três viaturas serão entregues ao 2º Batalhão. Além disso, está prevista a realização de mais um curso de formação de soldados. Existe a possibilidade de que os aprovados no concurso de 2007 sejam convocados. “Caso realmente aconteça, Três Lagoas será uma das contempladas”.