Professores de Cassilândia têm o maior piso salarial do Estado

Cassilândia é o município sul-mato-grossense que melhor remunera os professores da Rede Municipal de Ensino (Reme), superando Chapadão do Sul e até mesmo a Capital do Estado, Campo Grande. Pelas 44 horas semanais, os 134 professores da Reme em Cassilândia recebem salário base de R$ 1.552,70, com a regência de 25%, o valor total chega a R$ 1.903,37. Em Chapadão do Sul, o salário total fica em R$ 1.759,62 e Campo Grande com R$ 1.726, 16, prova de que nem sempre os municípios com maior arrecadação remuneram melhor os profissionais da Educação. Em Três Lagoas, por exemplo, no ranking de salários, a Cidade aparece na 16ª posição, tendo como salário base R$ 950 e total R$ 1.311.
A remuneração, que foi uma conquista da classe, já rende frutos, e, segundo a secretária de Educação de Cassilândia, Cacilda Aparecida Regionato Cardoso, o trabalho educacional desenvolvido na Cidade já está sendo reconhecido. “Na semana passada, recebemos um comunicado para participar da premiação do ‘Palma de Ouro’. Nossa cidade está classificada entre as 100 melhores gestoras em Educação no Brasil. O prêmio será entregue no dia 17, no Rio Grande do Sul. Para nós significa um reconhecimento, já que são mais de cinco mil municípios em todo o Brasil”, comentou.
De acordo com a secretária, a boa remuneração reflete diretamente na desenvoltura dos profissionais. “Eles são valorizados, como isso vem a motivação. Nós incentivamos o desenvolvimento de projetos em todas as disciplinas. O foco da Prefeitura é desenvolver saúde e educação e nós somos referência nesses quesitos. Quem ganha com isso são nossos alunos. Com profissionais comprometidos e valorizados os resultados são imediatos”, ressaltou.
Para o próximo ano, Cacilda comenta que ainda precisa fechar o número de professores efetivos, média de 114, mas acredita que existam mais de 20 vagas para contratações. “Eu acredito que, a partir do mês que vem, vamos receber muitos currículos. Geralmente, em novembro começam a chegar. As contratações começam em fevereiro, mas desde já vamos analisá-los. Hoje o nosso quadro de profissionais é 99% preenchido por professores da cidade, exceto uma professora que foi convidada para trabalhar aqui e veio de Itajá, do estado de Goiás”.
Cacilda acredita que o volume de currículos recebidos seja maior para esse ano por conta do piso salarial. “Com certeza muita gente vai querer trabalhar aqui. Como a remuneração nas demais cidades não alcança a nossa, é bem provável que a procura pela nossa região aumente”, observou.
Atualmente Cassilândia 2,5 mil alunos estão distribuídos em cinco Escolas Municipais e cinco Centros de Educação Infantil (CEIs).