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Três Lagoas

Juiz condena situação precária do Semiaberto

Prédio pode ser interditado

O Presídio de Regime Semiaberto foi considerado a pior unidade penal de Três Lagoas e uma das piores de todo o Mato Grosso do Sul. De acordo com o juiz, Alexandre Antunes, coordenador estadual do mutirão carcerário, o local é mais do que precário, “e não perde em nada para o presídio de Campo Grande [unidade que foi taxada pelo juiz federal, Roberto Lemos, coordenador federal do mutirão, como sucursal do inferno]”. “O Semiaberto daqui é de longe a pior unidade penal de Três Lagoas e de todo o Estado. Só se compara ao de Campo Grande”, disparou.

A visita dos juizes ao estabelecimento penal aconteceu nesta quarta-feira (28) e, segundo Antunes, o resultado foi assustador. “Encontramos uma casa, não uma unidade penal, extremamente pequena e que abriga o total de 97 internos. Por conta da falta de espaço e da superlotação, as camas são sobrepostas, amontoadas, para acomodar todos os internos. Este é um caso de interdição total”.

Assim como em Campo Grande, o drama da unidade penal é antigo em Três Lagoas. No ano passado, por determinação da Justiça, o Semiaberto foi parcialmente interditado – proibido de receber novos internos. Na época, os presos deixaram a antiga unidade penal (que estava ainda em pior situação da encontrada pelo magistrado), na Vila Nova, e foram para uma casa no bairro Interlagos alugada e adaptada pelo Estado para receber os internos até que o novo presídio ficasse pronto. Mesmo assim, para Antunes, a mudança em pouco melhorou as condições dos internos. “Existe a preocupação com uma interdição total [com a interdição total de um estabelecimento penal, a problemática de superlotação acaba sendo transferida para outra unidade penal], mas, neste caso, o ideal é que todos os presos fossem retirados daquele lugar”.