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Três Lagoas

Movimento no cemitério é intenso por conta do feriado

Muita gente se antecipou e levou flores aos entes queridos para evitar tumulto no feriado prolongado

O dia de finados se aproxima, e ontem (29) foi a última chance para dar os retoques finais como pintura e reforma de túmulos. Muita gente deixou o trabalho para a última hora e movimentou o cemitério. Outros aproveitaram o dia para fazer visitas e fugir do tumulto que acontece na segunda-feira (02).
Marta Cristina da Silva, é uma das pessoas que aproveitou o último dia liberado para a pintura das sepulturas. “Hoje vim limpar três túmulos. Dois deles tive que pintar. Além da limpeza já vou aproveitar para colocar flores e velas, pois no dia o calor é insuportável, sem contar na chuva que geralmente cai. Como o tumulto é grande prefiro vir antes e aproveitar que o cemitério não está tão movimentado como no feriado”.
O aposentado Mário Viacek, há mais de 30 anos vai ao cemitério fazer a limpeza do túmulo dos pais e também do filho que morreu quando tinha quatro anos. Segundo Viacek, as visitas ao local são esporádicas. “Venho aqui nas datas como aniversário, dia da morte e também passo quando algum conhecido morre. Eu frequento esse cemitério desde quando era criança”, lembra.
O ex maquinista da ferrovia tem o privilégio de ir de carro ao cemitério, mas conta que há muitos anos, o único meio de chegar ao local era de trem. “Perdi as contas de quantas vezes vim a enterros de vizinhos. Sabe como é moleque, muita gente vinha só para andar de trem. Como tantas vezes frequentei, a vinda ao cemitério acabou se tornando um hábito e até uma questão cultural”.
O aposentado conta que não é possível fazer a limpeza em apenas um dia e somente no sábado (31) os túmulos estarão prontos. “Vim organizar. Vou trazer mais flores de plástico, porque elas duram mais. Com tanto sol não tem como ser natural. No sábado venho aqui para limpar o óleo do túmulo do meu filho que é de mármores e encerar o dos meus pais”.
A família de Margarida dos Santos Pimenta foi em peso para o cemitério. A limpeza feita anualmente já é um ritual para a neta, Hellen Carolina, de 5 anos. “Vim com a minha mãe e minha neta. Desde cedo é preciso que as crianças aprendam o valor dessa rotina. Não frequentamos muito aqui [cemitério] por conta da distância. Eu moro no Paranapungá e minha mãe na área rural, é sempre difícil locomoção, mas é preciso vir e respeitar nossos entes queridos”, afirma.