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Agente penitenciário é mantido refém em Cassilândia

Segundo divulgado, o motim foi liderado por um grupo de seis internos

Um agente penitenciário foi mantido refém por quase dez horas durante uma rebelião na cadeia pública – que está sendo transformada em presídio –de Cassilândia. O motim teve início por volta das 10 horas de segunda-feira (2), feriado de Dia de Finados, quando os mais de 100 presos que cumpriam pena naquela unidade se rebelarão e “tomaram” a cadeia.

Segundo divulgado, o motim foi liderado por um grupo de seis internos. Eles conseguiram render o agente penitenciário, que fora mantido cercado por dez presos, todos armados com armas artesanais.

O grupo pegou todas as chaves da unidade e liberou os outros internos, que permaneceram no pátio daquela unidade. Os líderes exigiram uma troca: o agente penitenciário por transferências de internos para outras unidades penais. Além disto, os presos também reivindicaram a realização de um mutirão carcerário também naquele município. De acordo com eles, muitos já havia cumprido pena e estariam com benefícios atrasados.

No momento da rebelião, havia apenas dois agentes de plantão: o segundo conseguiu fugir.

A lista de reivindicações foi entregue ao diretor da Agência Estadual de Administração Penitenciária (Agepen), Celso Oliveira Cunha, que acompanhou as negociações. Além dele, também, atuou como negociador o comandante da Polícia Militar local, capitão Márcio Gago.

No entanto, as negociações só tiveram avanço quando os juizes da Comarca de Cassilândia chegaram ao estabelecimento penal. Por volta das 15 horas, o juiz da 1ª Vara Cível, Silvio César Prado, chegou acompanhado da promotora de Justiça, Aline Mendes Franco Lopes. Em seguida, também esteve presente o juiz da Vara Criminal, Rodrigo Petrini.

Até o final da tarde, os juizes conseguiram a transferência de um preso, Fernando Queiroga da Costa, para o presídio de Aparecida do Taboado. Os outros presos foram encaminhados, no início da noite, para a cidade de Paranaíba, de onde devem aguardar a transferência para Campo Grande.

O agente penitenciário foi libertado assim que a PM deu início à transferência dos presos. O servidor foi encaminhado à Santa Casa de Cassilândia, onde passou por uma bateria de exames e foi liberado.  Ele não apresentava sinais de agressão e, embora as horas de tensão, passa bem.

Ainda na madrugada, a PM realizou uma operação pente fino na cadeia e, pela manhã, a situação no local era “tranquila”.

Foram identificados como líderes do motim os internos Celso Oliveira da Cunha, Fernando Queiroga da Costa, Davi Aparecido de Souza Adão, Josmar Moraes Lemes, Alonso Neves Vieira, Roberto Ferrarezi Miyasato, Ronaldo Carvalho da Silva, Robson Neves de Oliveira e Welly Júnior da Costa.