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Três Lagoas

Vigilância analisa peixes da Lagoa

Vigilância Ambiental coletou peixes para verificar possível contaminação por samonella

A Vigilância Ambiental de Três Lagoas coletou na última sexta-feira (30) três amostras de peixes na Lagoa Maior. As amostras foram encaminhadas ao Laboratório Lacen, em Campo Grande. Há suspeitas de que eles possam estar contaminados por samonella e sejam impróprios para consumo.

No mês passado, na edição do dia 20, o Jornal do Povo divulgou com exclusividade reportagem sobre parecer técnico alertando sobre a qualidade da Lagoa Maior e sugerindo que os peixes do local poderiam estar contaminados.

O estudo foi realizado pela professora Maria José Alencar Vilela, Doutora em Ecologia, do Departamento de Ciências Naturais da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a pedido da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. No documento, a professora defende a ideia de que a Lagoa seja usada apenas para atividades de lazer contemplativas e/ou que não incluam extração de nenhum tipo de recurso, a exemplo do que se adota em outras cidades brasileiras.

Depois da solicitação, a Vigilância em Saúde Ambiental coletou além do pescado, amostras da água. De acordo com a coordenadora de Vigilância em Saúde Ambiental, Gisleine Saiar, embora a água esteja contaminada com coliformes fecais, o ecossistema, na região é rico e está funcionando perfeitamente. “Não há motivos para tanto alarde. Não podemos dizer que a Lagoa está contaminada. No local não existem indícios de contaminação por agrotóxicos ou ainda metais pesados, que comprometam o meio ambiente e todo o ecossistema. A pesca não foi proibida. Indicamos apenas que não consumam os peixes crus. Nosso objetivo com a coleta é verificar se os peixes apresentam microorganismos que comprometem a saúde”.

Gisleine também falou sobre as coletas de água na região. “São 25 análises em diferentes pontos. O que podemos resumir, de uma maneira geral, é que na água foram encontrados presença de coliformes termo tolerantes (bactéria E.coli) que indica a presença de fezes de animais de sangue quente, provavelmente de homem e de outros animais”.

A coordenadora acredita que o problema seja fruto das ligações de esgotos clandestinos. “Os resíduos encontrados na água da Lagoa Maior comprometem a balneabilidade, ou seja, a água não é indicada para o banho.
 
Com o resultado das análises vamos acionar os órgãos competentes para resolver todo o problema. A presença de salmonella é o que nos preocupa, por isso pedimos a análise. Como muita gente circula pela lagoa e até animais, é possível que a contaminação também venha com a água das chuvas”.

A Salmonella é transmitida ao homem através da ingestão de alimentos contaminados com fezes animais. Os alimentos contaminados apresentam aparência e cheiro normais.

O cozimento de qualquer destes alimentos contaminados mata a Salmonella.