Mato Grosso do Sul é o estado que registra maior número de encaminhamento de internos do Sistema Penitenciário Estadual aos presídios federais. O número de detentos antes abrigados nos presídios do estado que foram transferidos para essas instalações federais chegava a 31, sendo 19 em Catanduvas, no Paraná, e 12 no presídio federal de Campo Grande.
Com o encaminhamento ontem (5) de mais 11 presos para a cidade paranaense de Catanduvas, somam 42 os detidos sob responsabilidade federal, segundo dados da Secretaria de Justiça e Segurança Pública.
Além dos que se encontram agora no cumprimento do regime dos presídios federais, Mato Grosso do Sul registra que 86 presos já passaram por essas unidades.
O secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini, explica que a transferência ocorrida hoje é uma ação preventiva do governo do Estado, a fim de desarticular lideranças negativas que atuam nos presídios de Mato Grosso do Sul. Essa neutralização ajuda a evitar possíveis motins e rebeliões e também a prática de crimes comandados do interior das unidades prisionais. “O presídio federal funciona como uma importante ferramenta para dissuadir o crime organizado", destaca, citando que as articulações junto ao Departamento Penitenciário Nacional para conseguir essas colocações são permanentes.
O diretor do Sistema Penitenciário Federal, Wilson Salles Damázio, declarou no dia 28 de outubro, em Brasília, que Mato Grosso do Sul é um dos estados que mais solicita vagas nos presídios federais. “Nosso sistema foi criado para dar apoio aos estados no combate ao crime organizado e evitar eventos críticos”, afirmou a autoridades que foram ao Ministério da Justiça buscar informações sobre a vinda de presos do Rio de Janeiro para o presídio federal de Campo Grande. Damázio disse que assim como foi dado suporte ao estado fluminense, já foi feito por Mato Grosso do Sul.
Com autorização do Depen, a Sejusp fez hoje a transferência de 11 presos para Catanduvas. O grupo embarcou pela manhã, no Aeroporto Internacional de Campo Grande, em aeronave da Polícia Federal e sob escolta da Força Nacional de Segurança. A operação teve ainda a participação da Polícia Militar e da Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais (Cigcoe).
