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Dólar mantém desvalorização e cai a R$ 1,69

Moeda norte-americana volta a romper a barreira do R$ 1,70; no exterior, perdas da divisa são generalizadas

O dólar rompeu a barreira do R$ 1,70 no início da tarde desta segunda-feira, 9. A pressão de queda é dada pelo comportamento internacional da moeda norte-americana. Lá fora, as perdas da divisa são generalizadas e variavam na faixa de 0,60% a 1,5%. Às 14h40 (de Brasília), a moeda norte-americana registrava queda de 1,16%, cotada a R$ 1,6990. No mesmo horário, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) tinha alta de 2,29%, aos 65.951 pontos. 

A derrocada internacional da moeda norte-americana ocorre em reflexo dos acontecimentos econômicos mais importantes do fim de semana. Na reunião do G-20, ocorrida na Escócia, as economias mais importantes do globo não apresentaram novidades, mas divulgaram as palavras que o mercado mais queria ouvir: comprometeram-se a manter os programas de estímulo à atividade até que os sinais de recuperação sejam mais consistentes. E isso anima os negócios.


Ao mesmo tempo, em suas declarações públicas, o Fundo Monetário Internacional (FMI), no sábado, declarou que, embora o dólar "tenha se aproximado da taxa de equilíbrio no médio prazo", ele também "permanece na ponta forte" da taxa de câmbio desejável. Ou seja, na avaliação do fundo, a moeda norte-americana tem espaço para mais desvalorização.

Internamente, o mercado mantém a convicção de que a valorização do real está no centro das atenções do governo, que prepara medidas para evitar sua continuidade. A percepção é de que as medidas surgirão a qualquer momento e é ela que fixou, desde o dia 20 de outubro, quando o IOF de 2% sobre o capital estrangeiro foi instituído, o dólar acima de R$ 1,70. Isso não mudou.

No noticiário interno desta segunda, o destaque são os dados da balança comercial. Houve déficit de US$ 147 milhões na primeira semana de novembro, com exportações de US$ 2,606 bilhões (média diária de US$ 651,5 milhões) e importações de US$ 2,753 bilhões (média diária de US$ 688,3 milhões). No ano, o superávit está acumulado em US$ 22,452 bilhões.