Município pretende mobilizar Estado para ?socorrer? hospital

Segundo a secretária Municipal de Saúde, Elenir Neves, um levantamento estatístico vem sendo elaborado para traçar a real realidade de atendimento da instituição. O estudo é baseado em procedimentos realizados pelo hospital nos últimos três anos e servirá de base para tentar aumentar os recursos do hospital.

“Se há um déficit, ele precisa ser ajustado. Estamos pedindo para que o governo estadual volte os olhos para o nosso hospital, assim como fora feito com Campo Grande e Dourados. Se estes hospitais conseguiram, também teremos esta atenção”, completou.

Elenir destacou o fato de que o hospital é referencia e atende nada menos que 11 municípios da região e que, por isto, merece atenção especial. “O Estado já repassa os recursos dos outros municípios, mas isto não exime a responsabilidade de negociar, tentar chegar a uma concordância para melhorar a oferta de serviço. Para um hospital ser forte, ele precisa ter maior incentivo”, disse.

Atualmente, são repassados em torno de R$ 520 mil em recursos municipais para o hospital, sendo R$ 61 deles para os serviços de urgência e emergência, contratado pelo Município. O recurso é destinado para orçar com os custos de oncologia, pronto socorro e outros. A secretária explicou que todos os procedimentos realizados são pagos, mas admite que os valores podem ser abaixo dos reais. Recentemente, o Município renovou o contrato com o hospital, que venceu em julho deste ano. Os repasses são avaliados mensalmente por uma comissão de contratualização, formada por representantes do hospital, de secretarias e gestores.

Elenir destaca também a necessidade de maior participação da população em prol do hospital. “A população também pode, e deve, participar. Hoje vemos ações beneficentes que arrecadam recursos para hospitais de outros municípios, porque não fazer pelo nosso também? Não podemos permitir que o hospital feche”.

A secretária completou: “Não precisamos de um novo hospital público. Nem teríamos demanda para tanto. O Auxiliadora consegue atender a demanda e tem estrutura física para isto. O que precisamos é melhorar os repasses e atrair mais médicos. Agora, para isto, também precisamos que o hospital também quebre barreiras e abra seu corpo clínico para os novos profissionais”.