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O Natal da recuperação

A análise otimista do presidente do SPC Brasil para as vendas tem como base três principais fatores

O comércio varejista brasileiro passou pela crise econômica global com relativa tranquilidade, graças, principalmente, ao comportamento tradicional das micro e pequenas empresas, que não demitiram os seus empregados. E, este ano, o desempenho do setor promete boas surpresas. "Saímos do Natal da crise para o Natal da recuperação. Estimamos aumento de 4% nas vendas do comércio, contra a queda de 1% registrada em 2008", destacou o presidente do SPC Brasil, Roberto Alfeu Pena Gomes, durante entrevista coletiva para anunciar o Indicador CNDL/SPC Brasil de Vendas e Inadimplência, referente ao mês de setembro. No estudo divulgado no dia 15 de outubro, o número de registros incluídos no SPC Brasil (inadimplência) registrou queda em todas as comparações -5,88%, em relação a agosto; -3,85%, contra setembro de 2008; e -12,01%% no acumulado do ano.

A análise otimista do presidente do SPC Brasil para as vendas tem como base três principais fatores: criação de novos postos de trabalho e injeção de recursos do 13º salário e da devolução do Imposto de Renda. Segundo Roberto Alfeu, a alta no emprego se aproxima de 7%. Cerca de 120 mil pessoas entrarão no mercado e em torno de 50 mil serão absorvidas pelo comércio. "Apenas com o 13º salário, entrarão na economia cerca de R$ 78 bilhões. Quantia significativa que vai aproximar ainda mais o consumidor do lojista". Alfeu antecipou que o presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), Roque Pellizzaro, está tomando medidas para que o Natal este ano seja ainda melhor.

"O presidente Roque vai entrar em contato com todas as Federações das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDLs), solicitando que peçam aos governos dos Estados o pagamento antecipado do 13% salário. Isso não só terá impacto positivo no consumo, como também vai contribuir para a queda no volume de registros. Significa que as pessoas terão mais dinheiro no bolso e terão mais condições de honrar seus compromissos. E quando pagam as dívidas, voltam às compras ", contou Alfeu. Além disso, o empresário destacou também a acertada decisão do governo federal de liberar os recursos do Imposto de Renda. Serão mais R$ 3 bilhões disponíveis para movimentar a economia.