De acordo com a assessoria de imprensa da Companhia Energética de São Paulo (CESP), responsável pela usina, a redução temporária da vazão defluente da hidrelétrica ocasionou o aprisionamento de peixes em ilhas de macrófitas (plantas aquáticas).
O fato causou a mortandade de espécimes predominantemente da espécie Schizodon borelli, conhecida como taguara. “A quantidade de peixes mortos ainda não pôde ser definida com exatidão”, diz a nota da assessoria. Segundo a empresa, com a parada das turbinas, as equipes de operação da CESP tomaram medidas imediatas no sentido de recompor a vazão abaixo da barragem, abrindo o vertedouro para manter a vazão defluente adequada, o que evitou uma mortande maior de peixes.
DENÚNCIA
A Polícia Militar Ambiental (PMA) foi até o local após uma denúncia do Jornal do Povo. Por volta das 14 horas os policiais chegaram ao bairro Jupiá para coletar algumas amostras de peixes. De acordo com o capitão e comandante da PMA, Mauro Sérgio Fernandes, é difícil especificar a quantidade de peixes. “Não podemos precisar um número. Eles estavam espalhados por toda parte. Se estivesse agrupados seria mais fácil. Coletamos piau, piapara e taíra”.
Questionado sobre o motivo da morte dos peixes, o capitão esclareceu que ainda não pode afirmar nada. “Há possibilidades de estar relacionado com o apagão, mas não podemos afirmar antes do laudo. Somente a perícia técnica vai dizer. Depois do resultado, vamos procurar os órgão competentes, como Imasul e Ministério Público”.
Fernandes também informou que entrou em contato com a Usina Hidrelétrica, porém, na empresa, foi avisado de que o responsável pelo meio ambiente estava em São Paulo.