Um médico do País de Gales foi condenado a seis anos de prisão nesta segunda-feira por ter envenenado sua amante grávida na tentativa de fazê-la abortar.
Edward Erin, de 44 anos, colocou substâncias químicas em bebidas da amante, Bella Prowse, de 33 anos, depois que ela anunciou a gravidez, um mês após o início do caso, e disse que não faria um aborto.
Erin, que é casado e pai de dois filhos, trabalhava no hospital de St. Marys, um dos mais importantes de Londres, onde Prowse era sua secretária.
Prowse não foi afetada pelas drogas e deu à luz um bebê saudável em setembro do ano passado.
Pó amarelo
O júri condenou o médico por tentativa de envenenamento duas vezes – em uma xícara de café da rede Starbucks e outra em um copo de suco de laranja.
Testes revelaram a presença de substâncias que induzem ao aborto na urina de Bella Prowse, e também no copo e na xícara dados a ela por Erin. O médico foi inocentado de uma terceira acusação de envenenamento, em uma xícara de chá.
No julgamento, que se encerrou em outubro, ele negou todas as acusações.
Ao declarar a sentença, o juiz Richard Hone disse que Erin é um "mentiroso, enganador e predador".
O médico não demonstrou nenhuma emoção ao ouvir o veredicto.
Antes do julgamento, Erin já havia sido proibido de tratar pacientes pelo Conselho de Medicina Britânico.