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Três Lagoas

Aeroporto poderá contar com saguão ?de última geração?

Projeto do saguão de embarque e desembarque está concluído e deve entrar em fase se licitação

O Aeroporto Municipal “Plínio Alarcon” poderá contar com um saguão de embarque e desembarque de última geração. A obra, que não faz parte do pacote de R$ 2,3 milhões destinados para a adequação do aeroporto, foi anunciada pela prefeita Simone Tebet (PMDB), durante a Audiência Pública sobre os impactos ambientais do Aeroporto. O evento, organizado pelo Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul), foi realizado na noite de quinta-feira (12), na Câmara de Vereadores.

“O projeto do novo saguão está pronto. É uma obra extraordinária e assim que homologarmos o aeroporto, vamos pedir apoio ao governador [André Puccinelli] para construí-lo”.

O secretário de Obras, Getulio Neves, informou que o espaço contará com uma área de 400 m² construídos, aproximadamente, e prevê ampliações futuras, caso haja necessidade. “O projeto arquitetônico é assinado pelo mesmo arquiteto responsável pelo Plano Diretor [Fays José Rizk]. Por ele, o saguão terá uma cobertura em formato de uma asa delta e também vidros nas laterais. Realmente, é uma dos projetos mais bonitos já feitos”, destacou.

Conforme Neves, o investimento da obra será estabelecido no processo licitatório iniciado pelo Município. Mas, ele estima um custo de R$ 800 mil, aproximadamente, para a construção, que também atende às determinações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) “Também temos um estacionamento com capacidade para mais de dois mil veículos, se houver necessidade”, comentou.

IMPACTOS

Entre os principais impactos ambientais negativos apresentados na Audiência Pública, o diretor da empresa DMB Engenharia, responsável pelo Estudo de Imapacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima) do aeroporto, Mário Boges, destacou os impactos sociais, como ruídos e aumento do fluxo de pessoas e veículos naquela região. “Dentro dos impactos sociais, também teremos a regulamentação dos tipos de imóveis a serem construídos em torno do aeroporto, pré-determinado no Plano Diretor do Aeroporto”, completou Getúlio.

No relatório, também está prevista a construção de uma mini-estação de tratamento de esgoto para tratar os efluentes dos aviões. “Como haverá voos comerciais, se faz necessário o programa de monitoramento do tratamento de efluentes para evitar disseminação de vírus, por exemplo”, explicou Borges. O empreendimento também terá de contar com uma estação de depósito e destinação de resíduos sólidos. Uma equipe deverá ser formada para gerenciar e dar destino correto aos resíduos.

Já os projetos de dimensionamento de ruídos deverão ser apresentados na etapa de solicitação da licença ambiental de operação. “O importante é destacar que todos os impactos são reversíveis, por meio dos projetos mitigatórios, que irão minimizar ou até alunar estes impactos. O estudo de impacto ambiental comprovou que o projeto é viável”, garantiu.

OBRAS

Segundo Getulio Neves, para conseguir a autorização da Anac, serão necessárias obras como cercamento do aeroporto – cuja conclusão deve acontecer dentro de 45 dias, de acordo com a Agência Estadual de Gestão de Empreendimentos (Agesul) -, implantação de balizamento, ainda não iniciada, e a mudança da estrada de acesso ao terminal. Pelas normas da Agência, a estrada existente deverá ser destinada exclusivamente para os órgãos de segurança. O acesso da população será por uma estrada de terra, paralela à atual, já iluminada e que será pavimentada. “São exigências da ANAC que estamos cumprindo para atender a um anseio da população. Cada vez mais, os empresários nos questionam se temos voo até Campo Grande e São Paulo. Foram mais de R$ 800 mil investidos apenas com iluminação, antes mesmo do convênio”, destacou Simone, durante a Audiência.

Ela completou dizendo que, atualmente, a pista do aeroporto de Três Lagoas é uma das maiores do País, sendo comparada à do aeroporto de Congonhas, São Paulo.

A Audiência Pública para a apresentação do Eia-Rima cumpre uma determinação do Imasul para que o Município consiga a licença ambiental. Com ela, será possível homologar o aeroporto junto à Anac para receber os voos comerciais, explicou Simone. “Assim que tivermos a licença em mãos, vamos a Brasília para conseguir linhas áreas. A princípio, traremos de Campo Grande a Três Lagoas e de Três Lagoas a São Paulo, as linhas mais solicitadas pela população”, concluiu.