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Antes de jogar filho e pular de prédio em SP, homem deixou bilhete e ligou para mãe

Também teria telefonado a colegas e afirmado que poderia fazer uma "besteira"

Um consultor de 30 anos jogou o filho –de 2 anos– do alto de um prédio na zona sul de São Paulo e, em seguida, pulou, na manhã desta quarta-feira –ambos morreram na hora. Para a Polícia Civil, há indícios de que ele tenha planejado a ação porque deixou ontem um bilhete para a ex-mulher e hoje telefonou para a mãe, para pedir desculpas por algo que tivesse causado sofrimento a ela. Também teria telefonado a colegas e afirmado que poderia fazer uma "besteira", de acordo com o delegado Carlos Henrique Fabrini, plantonista 16º DP.

Por volta das 10h, o consultor foi ao apartamento onde morava o filho, no quinto andar de um prédio de classe média alta localizado na rua Correia de Lemos, Chácara Inglesa. A babá, que estava com o menino na ocasião, disse à polícia que deixou pai e filho sozinhos para ir à lavanderia; quando voltou, viu ambos entrando no elevador e pensou que desceriam, mas o pai subiu com o menino até o último andar –18º–, de onde jogou a criança e pulou.

De acordo com o delegado, ontem o consultor deixou um bilhete dizendo que amava a ex-mulher e desejava a ela um bom plantão –ela trabalha em um hospital. Nesta quarta, ele telefonou para a mãe e disse que nunca teve a intenção de magoá-la.

O delegado afirmou que o menino era filho único, mas não soube dizer há quanto tempo o casal estava separado. A mãe, emocionalmente abalada, não foi à delegacia.

O carro usado pelo consultor foi apreendido. A polícia instaurou inquérito e já selecionou testemunhas para serem ouvidas –entre elas vizinhos, colegas e familiares. Ainda não há confirmação de quando ocorrerão os depoimentos.