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Três Lagoas

Florestal protocola Eia-Rima de nova fábrica

O projeto foi apresentado ao MPE e ao Imasul na semana passada para analise

A empresa Florestal – Investimentos Florestais S/A protocolou na semana passada o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (Eia-Rima) da nova fábrica de celulose que será instalada em Três Lagoas. O estudo foi entregue no Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) e também ao Ministério Público Estadual (Promotoria de Meio Ambiente).

Segundo a fiscal Délia Villamayor Javorka, o Eia-Rima foi protocolado no dia 16 deste mês, em Campo Grande, e será analisado por uma equipe formada por oito técnicos do Imasul. Coordenado por ela, o grupo é composto por biólogos, engenheiro ambiental, eng. sanitarista, químico, eng. químico, eng. civil e geólogo.  “A equipe analisará todos os impactos gerados pelo empreendimento. Desde ambientais, levando em consideração flora, fauna, ar, solo e outros. Até o impacto econômico e social causados no Município e sustentabilidade do empreendimento”.

A análise, e aprovação, do Imasul é essencial para que a empresa consiga as licenças ambientais solicitadas na semana anterior a de apresentação do estudo. Délia explicou que a conclusão do estudo deverá ser apresentada dentro de 45 dias, no máximo, como determina o Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). Neste período, deverão ser realizadas apresentações do empreendedor e empresa consultora (responsável pelo estudo), vistorias técnicas e a audiência pública, prevista para acontecer ainda em dezembro. “É bem possível que todo esse processo seja concluído antes do prazo de 45 dias. A audiência pública é praticamente a última etapa. Depois de ouvir a população, é emitido [pelo Imasul] um oficio de pendências levantadas e, assim que sanadas, o órgão emite o parecer técnico de deferimento ou indeferimento”, disse.

Na edição do dia 12 do Jornal do Povo, o grupo Florestal – Investimentos Florestais publicou os Editais de requerimento de licença prévia para as seguintes obras: instalação da fábrica de celulose, construção de um ramal ferroviário interno no empreendimento, implantação de um posto de combustíveis dentro do parque e de instalação da rede de transmissão de alta tensão, construção do canteiro de obras e implantação de um cais de atracação para barcaças.

Conforme Délia, neste processo de licenciamento que serão discutidos os investimentos em medidas mitigatórias e compensação ambiental. “Serão levantadas tanto as obras e ações revertidas para a comunidade, que sentirá os impactos sociais e econômicos, como também a compensação ambiental, destinada exclusivamente para as áreas de conservação ambiental de proteção integral, sendo elas Parque das Capivaras e Parque do Pombo”, completou.

A previsão da fiscal é, caso o empreendimento atenda todas as determinações do Imasul, as licenças sejam emitidas ainda neste ano.

OBRA

A instalação da nova fábrica de celulose foi confirmada durante a visita do governador do Estado André Puccinelli (PMDB) a Três Lagoas, na semana passada. Segundo ele, a obra contará com um investimento de R$ 1,5 bilhão. No entanto, ainda tem algumas pendências. A primeira delas é a concessão das licenças ambientais necessárias, processo em fase adiantada, e o financiamento junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES).

A fábrica será instalada na fazenda Santa Vera, situada no km 231 da BR-158 (Três lagoas a Selvíria). A área foi adquirida pelo grupo num investimento de mais de R$ 20 milhões.

A expectativa, segundo Puccinelli, é que, na fase de implantação, sejam gerados em torno de oito mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos. Depois de concluída, deverão ser gerados cerca de dois mil empregos na fase de funcionamento.