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Cartões regionais crescem com avanço da baixa renda

Oferecem cartões de graça, sem cobrança de anuidades ou taxas, e buscam um público diferente, que não é alcançado pelos grandes bancos

À sombra das grandes empresas de cartão de crédito, como Visa e Mastercard, prospera um exército de bandeiras desconhecidas, com raio de ação local, espalhadas por todo país. São 70, que administram 23 milhões de cartões, estão crescendo e já romperam as fronteiras regionais de seus negócios. Com atuação restrita a alguns Estados ou cidades, elas estão conseguindo conquistar clientes de baixa renda a uma velocidade superior aos 20% do mercado de cartões de crédito tradicional. Oferecem cartões de graça, sem cobrança de anuidades ou taxas, e buscam um público diferente, que não é alcançado pelos grandes bancos.

A Sorocred, de Sorocaba, já deixou para trás a marca de um milhão de plásticos – tem mais que o triplo. A Unik, comprada em 2004 pela Rio Bravo Investimentos, gestora de Gustavo Franco, ex-presidente do Banco Central, projeta um crescimento de 50% para o ano. Fez duas aquisições para entrar na Bahia e em Minas e atingiu a marca de 1,3 milhão de cartões. Em setembro de 2008, o fundo de private equity Advent comprou a gaúcha Quero-Quero e pretende chegar a R$ 1 bilhão em operações. O VerdeCard, o cartão próprio da marca, especializada na venda de eletrodomésticos, eletroeletrônicos, móveis e materiais de construção, virou multicrédito em 2000. Desde então foram emitidas 2 milhões de unidades.