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Três Lagoas

Audiência discute Impacto ambiental de fábrica de celulose

O complexo industrial contará com ramal ferroviário, posto de combustível e cais de atracação para barcaças

Na próxima quinta-feira (3), será apresentado à comunidade  o Relatório de Impacto Ambiental da nova fábrica de celulose que será construída em Três Lagoas, pela Florestal Investimentos S/A. Batizado de projeto Eldorado, o empreendimento representa investimento de R$ 1,5 bilhão. Na audiência pública, técnicos da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac) irão apresentar os estudos envolvendo toda a estrutura do complexo industrial.

Para se ter idéia da dimensão do projeto industrial, no local onde será instalada a indústria (km 231 da BR-158, entre Três Lagoas e Selvíria),  será construído ramal ferroviário interno, cais de atracação para barcaças e linha de transmissão de alta tensão. Somente a área adquirida pela Florestal custou cerca de R$ 25 milhões. Na edição do dia 14 de novembro, o Jornal do Povo divulgou entrevista exclusiva com o governador André Puccinelli, confirmando o empreendimento, ressaltando apenas, que o início da obra dependia de financiamento que está sendo negociado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) e também a concessão das licenças ambientais necessárias.

A previsão é que sejam gerados cerca de 8 mil empregos  na construção do complexo industrial e cerca de 2 mil quando a fábrica entrar em operação. Recentemente, foi formalizada sociedade dos dois maiores fundos de pensão do País: Fundação dos Funcionários da Caixa Econômica Federal (Funcef) e Petros (Petrobras) e o  grupo controlador da JBS-Friboi e MCL Empreendimentos, de Andradina (SP) na constituição da Florestal Investimentos Florestais. Com a nova razão social, o grupo, deve passar de 400 funcionários para dois mil empregos diretos e quatro mil indiretos. A previsão é que a Florestal tenha responsabilidade sobre uma área de 400 mil hectares, envolvendo terras em Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Destes, 152 mil hectares serão destinados para reserva legal e áreas de preservação permanente.