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Três Lagoas

Motolância está parada há quase um ano no Samu

Segundo a coordenadora do Samu a previsão é que o treinamento aconteça em janeiro do próximo ano

Há quase um ano uma motocicleta equipada com instrumentos de primeiros socorros está parada no pátio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O motivo seria a falta de treinamento para a condução e uso do veículo. O problema não se restringe a Três Lagoas e sim a todo o Brasil.

Em Campo Grande, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) em convênio com o Ministério da Saúde começou na última quinta-feira (27) o curso de formação de “Motociclista Socorrista – Samu”. O objetivo é melhorar a condução de motocicleta nos deslocamentos emergenciais para atendimento das vítimas. Durante o curso são abordadas técnicas de direção defensiva, aprimoramento dos métodos e processos de trabalho desenvolvidos no socorrismo, capacitação dos socorristas na maneabilidade e manejo na condução da motocicleta, entre outros.

Segundo a coordenadora do Samu, Mireilly de Souza Queiroz, a motolância será conduzida por um técnico de enfermagem. “A ideia é reduzir o tempo de resposta às chamadas. Ainda estamos com veículo parado pela ausência do curso”, comenta.

O treinamento estava previsto para acontecer em junho deste ano, mas a data agora é para o começo de janeiro. Segundo informações da coordenadora o Ministério da Saúde em parceria com a PRF ministrará o curso em Campo Grande. “Eu fui informada pela Coordenação Estadual de Urgência e Emergência que o curso aconteceria em janeiro. Estamos aguardando o momento para só então disponilibilizar este serviço”.

A moto foi doada pelo Ministério da Saúde e compõe a frota de veículos do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) do Município. Além de Três Lagoas, as cidades de Campo Grande e Dourados, onde há o serviço,  também foram beneficiadas.

REALIDADE

Quase dois anos depois de criado o serviço de “motolância”, segundo o Ministério da Saúde, apenas as cidades de Brasília, Natal, Salvador e São Paulo utilizam o serviço que ajuda nos primeiros atendimento à doentes e feridos até que a ambulância chegue.

O Ministério da Saúde gastou R$ 6 milhões para comprar 400 ‘motolâncias’ para o Samu. Elas deveriam estar rodando em 145 municípios do país. Mas, até agora, a maioria não ajudou a socorrer ninguém.

A licitação para a compra das motos foi publicada em dezembro de 2007. O contrato com o fabricante, assinado em agosto de 2008. Em dezembro do mesmo ano, elas foram entregues e guardadas.