IPI reduzido deve causar reflexos nas vendas apenas em 2010

A prorrogação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) até 31 de março de 2010, incidente sobre os carros flex e a álcool de mil e 2 mil cilindradas (cc) não garante reflexo de vendas imediatas. Pelo menos é o que afirmam gerentes de concessionárias da Cidade.

O incentivo que acabaria no dia 31 de janeiro foi prorrogado para março, e agora o prazo para compra será maior. Atualmente, estes veículos recolhem IPI a uma alíquota de 3% para os carros de mil cilindradas. Os carros de duas mil cilindradas continuarão com tributo reduzido de 7,5%.

Segundo a gerente geral da Ford, Samira Fayad, a prorrogação do IPI deve alavancar as vendas somente no último mês. “Eles estabilizaram o IPI. O imposto subiu dois degraus. Agora foi prorrogado com taxa de 3%, mas ainda não houve um aumento nas vendas. A estimativa é que esse reflexo realmente aconteça em março do ano que vem”, enfatizou.

Questionada sobre o aquecimento das vendas de final de ano e o pagamento do 13º salário, Samira disse que prorrogação significa a oportunidade de comprar depois. “Nesse período de férias, festas e final de ano há um aumento. Mas não posso fazer previsões de porcentagem. O comércio está atípico”.

O gerente de locação da Cartel, Rodrigo Cândido, explica que a medida é boa, mas afirma que os reflexos não são garantidos para este final de ano. “Muitos clientes adiantaram as compras por conta da isenção do IPI. Até outubro a taxa era de 1,5%, agora se mantém em 3% até o final de março. Quem não tiver urgência em comprar um carro, com certeza optará por fazer a aquisição no ano que vem, para que o modelo seja 2010”.

Sobre o final de ano Cândido não precisou aumento em porcentagem. “O mercado fica aquecido no final do ano. Há previsões de que as vendas superem as do ano passado, mas não posso precisar quanto. O décimo terceiro e as promoções de final de ano sempre atraem novos clientes. Eles aproveitam as datas e dos descontos e até conseguem dar uma entrada maior”.