Os desembolsos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para as indústrias de Mato Grosso do Sul apresentaram um crescimento de 849% nos primeiros nove meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, saltando de R$ 155,8 milhões para R$ 1,4 bilhão. As informações são do Posto de Informações do BNDES na Fiems – Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul -, informando que, no geral, os repasses para o Estado de janeiro a setembro de 2009 foram 266% maiores que os de janeiro a setembro de 2008, aumentando de R$ 481,7 milhões para R$ 1,7 bilhão.
Segundo análise de Fábio Fonseca, agente do Posto de Informações do BNDES na Fiems, esse aumento ainda é fruto do Programa Especial de Crédito criado pela instituição financeira para socorrer os setores que sofreram impacto com a crise econômica mundial. “As maiores liberações foram para as grandes indústrias, que utilizaram o recurso como capital de giro para enfrentar a turbulência financeira”, explicou, completando que o número de operações no setor industrial apresentou crescimento de 52%, saltando de 233 para 339.
Com relação ao porte das empresas que obtiveram desembolsos do BNDES no Estado, os maiores valores foram para as indústrias de grande porte, com aumento de 522%, saindo de R$ 250,6 milhões para R$ 1,5 bilhão, seguidas bem de longe pelas pequenas indústrias, com crescimento de 6%, saltando de R$ 47,8 milhões para R$ 50,8 milhões. “As micro e as médias empresas apresentaram quedas de 13% e 26%, respectivamente, diminuindo de R$ 131,9 milhões para R$ 114,2 milhões e de R$ 51,3 milhões para R$ 37,7 milhões”, detalhou Fábio Fonseca.
No entanto, ele explica ainda que em relação às operações as pequenas empresas foram as que mais cresceram, com aumento de 90%, saltando de 313 para 595 operações, seguidas pelas médias empresas (50%) e micro-empresas (50%). Em termos de recursos, a modalidade de financiamento que mais aumentou ainda é o Finem – Financiamento a Empreendimentos –, com elevação 810% e desembolso R$ 1,4 bilhão destinados ao conjunto de projetos de investimentos para implantação, expansão da capacidade produtiva e modernização de empresas, incluída a aquisição de máquinas e equipamentos novos de fabricação nacional, bem como a importação de maquinários novos sem similar nacional e capital de giro.
A segunda modalidade foi o Cartão BNDES com crescimento de 239% e liberação de R$ 22,4 milhões no período de janeiro a setembro deste ano com relação ao mesmo período de 2008. “O Cartão possibilita um crédito de até R$ 500 mil para as empresas dos diversos segmentos para compra de insumos, máquinas e equipamentos”, explicou Fábio Fonseca, completando que o Finame fechou o período com alta de 6%, aumentando de R$ 193,5 milhões para R$ 204,4 milhões, enquanto o Leasing (Financiamento de Máquinas e Equipamentos) fechou o período com queda de 45%, diminuindo de R$ 5 milhões para R$ 2,7 milhões, e o BNDES Automático teve alta de 2%, elevando-se de R$ 48,5 milhões para R$ 49,4 milhões.
