A Polícia Civil de Campo Grande (MS) abriu um inquérito para apurar a morte da ex-médica Neide Mota Machado, encontrada morta no final da tarde de domingo (29) dentro de seu carro. De acordo com a polícia, o corpo não tinha sinais de agressão e, com a mulher, foi encontrada uma seringa.
Neide foi denunciada pelo Ministério Público Estadual pela prática de abortos e deveria ser julgada no próximo ano. Ela foi presa em 2007 e, segundo a acusação, teria realizado cerca de 9.000 abortos em sua clínica em Campo Grande, que funcionou por cerca de 20 anos. À época da denúncia, a Promotoria disse acreditar que ela pudesse pegar até 28 anos de prisão, se condenada.
Segundo a polícia, a ex-médica saiu de sua chácara na cidade ontem para comprar leite na chácara vizinha –o que costumava fazer com frequência– e foi encontrada morta pouco depois, dentro de seu carro, no trajeto.
A polícia descarta a hipótese de que o caso tenha relação com as acusações de aborto. As causas da morte ainda não foram esclarecidas, mas a Polícia Civil disse acreditar que ela possa ter cometido suicídio.
Entretanto, apenas o laudo da perícia deverá indicar o que provocou a morte da ex-médica. Nos próximos dias, a Polícia Civil de Campo Grande também deverá ouvir amigos e parentes de Neide.
