A cada três dias, uma arma é retirada das ruas de Três Lagoas pela Polícia Militar, aproximadamente. A estimativa é baseada nas estatísticas da corporação, que registrou, de janeiro a novembro, um total de 143 armas apreendidas no Município e o mais grave: boa parte delas apreendida em casos de roubo e cárcere privado, como explicou o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, major Wilson Sérgio Monari.
Segundo o oficial, não há como saber o número exato de armas que eram utilizadas em crimes, mas afirma: “a maioria das armas apreendidas pelos nossos policiais estava na mão de bandidos”, disse.
Monari exemplifica: no mês de novembro foram apreendidas seis armas de fogo, sendo duas pistolas calibre 380, três revólveres e uma espingarda: 50% do total foi apreendida em ações de combate a roubos. “Uma das armas estavam nas mãos dos autores de um cárcere privado, outra nas dos assaltantes de um posto de gasolina; a terceira apreendida após o assalto registrado contra um cliente do Banco do Brasil e uma pistola estava nas mãos de um suspeito com diversas passagens pela polícia”.
Conforme dados da PM, foram três armas apreendidas em janeiro; 60 em fevereiro; nove em março; doze em abril; oito em maio; cinco em junho; 15 em julho; cinco em agosto; 12 em outubro; oito em setembro e seis em novembro. O comandante explicou que o alto índice de apreensões em fevereiro se deve a operação realizada contra “armeiros” na Cidade. “Mesmo assim, não há como negar que muitas daquelas armas fossem de bandidos. Os armeiros realizam a manutenção de qualquer arma, para qualquer pessoa”.
Para Monari, o número de apreensões influenciou diretamente na redução do número de roubos e homicídios. “São armas utilizadas em mais de um roubo e também por mais de uma pessoa, já que temos informações de que estas armas são repassadas entre os bandidos. Quanto menor o número de armas circulando menor o índice de roubo e até de homicídios”.
De acordo com o comandante, foi nesta linha de pensamento que a PM intensificou o trabalho de abordagens nas ruas da Cidade neste fim de ano. O objetivo, entre outros, é verificar o porte ilegal de arma e checagem de pessoas com mandados de prisão em aberto.
MANDADOS
A ação já teve resultado. Desde que lançada a nova metodologia, em outubro, até o mês passado, a PM havia cumprido 54 mandados de prisão. Do começo do ano até novembro, foram 209 mandados cumpridos. Entre eles, 34 eram de mandados de busca e apreensão contra adolescentes infratores. “Já neste começo de mês, foram oito mandados, cinco contra adolescentes e três contra maiores de 18 anos”, explicou.
O comandante completou pedindo a colaboração da população para o trabalho da polícia. “É importante que a comunidade entenda de forma positiva o nosso trabalho e não se sinta constrangida em casos de abordagens. Estas ações são em prol da segurança da população”.
Por dia, a PM chega a realizar cerca de 100 abordagens “completas” (com a revista e checagem de dados). Neste fim de semana, a PM cumpriu mais três mandados de prisão, todas referentes ao aumento da meta de abordagens diárias.
