A Unidade Educacional de Internação (Unei) e a Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas foram vistoriadas pela Polícia Militar no começo desta semana. Segundo o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar, major Wilson Sérgio Monari, as operações “pente-fino” atendem uma determinação do Comando Geral da PM e visa coibir possíveis rebeliões, tentativas de fuga em massa e outras ações criminosas durante as festas de final de ano. “As operações estão acontecendo em todo o Estado e tiveram como objetivo apreender drogas, celulares, armas artesanais e outros objetos ilícitos que possam prejudicar a ordem durante o período de festividades”, destacou.
A primeira ação foi realizada nesta segunda-feira (14), na Unei “Tia Aurora”. Às 6 horas do dia, duas equipes da Rondas Táticas do Interior (Rotai) desencadearam a operação surpresa. Monari explicou que a operação foi rápida, com duração estimada de duas horas. “Todos os alojamentos foram vistoriados, mas nada foi encontrado”, completou.
O segundo pente-fino aconteceu na manhã de ontem, no presídio masculino, e foi coordenado pelo capitão da PM, Paulo Ribeiro dos Santos. De acordo com ele, às 5h30, 80 policiais militares – incluindo as duas equipes da Rotai – deixaram a base do 2º BPM rumo à Penitenciária de Segurança Média. “A entrada dos militares no presídio aconteceu às 6 horas em ponto. Em seguida, foram iniciadas as vistorias nas celas e em todo o interior do presídio”.
A operação foi tida como tranquila. Ao todo, foram apreendidos três celulares, cinco chips de operadoras variadas, uma pequena porção de cocaína e materiais artesanais, como armas e cachimbos utilizados para o consumo de drogas. O número de material apreendido foi considerado menor ao de operações anteriores – fora de dadas comemorativas. “Informações repassadas pela direção do presídio apontam que muitos internos já suspeitavam do pente-fino da Polícia Militar, por saberem que ações como esta sempre acontecem na véspera de dias festivos, como Natal ou Dia das Mães. Por isto que não restringimos as ações apenas para dadas comemorativas”.
Mesmo assim, o balanço da operação foi tido como positivo. Os materiais apreendidos – principalmente chips e celulares – foram apresentados na 2ª Delegacia de Polícia, onde correrá o inquérito policial sobre o caso.
Um interno foi detido durante a operação. O oficial explicou que o preso teria tentado incitar os outros colegas de cela para resistir à entrada dos militares, mas foi contido e levado para a cela de regime diferenciado (cela forte). Outro interno, do pavilhão III, também deverá sofrer punições. Ele foi identificado como proprietário de um dos celulares apreendidos. De acordo com Ribeiro, o interno que foi flagrado com um celular dentro de uma unidade penal é de um ano a mais na pena.
