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TERREMOTO Questionei na última edição a possibilida­de de novos capítulos e mais estragos por conta do escân­dalo de Dourados em pleno período eleitoral. E aí, os víde­os na internet recolocaram MS na vitrine nacional.

A REAÇÃO das pessoas e poderes atingidos não podia ser diferentes. Cada qual com o remédio jurídico adequa­do, motivando outra enchente de notícias na mídia. Novos desdobramentos são esperados nos próximos dias.

ALGUNS acham: seria apenas coincidência o vazamento dos vídeos em clima eleitoral. Para outros há impressão di­gital do Planalto (via Zé Dirceu) nesta operação para tentar criar um fato novo e levar as eleições para o 2º turno.

PASSAIA revela que atuou em sintonia com a Polícia Fe­deral e o MPE. Presume-se então que as fitas estavam em poder destas instituições, funcionando assim como “bom­bas relógio”. Quem então postou os vídeos na internet?

AS OPERAÇÕES espetaculares da PF são impactantes e desgastam os envolvidos. Depois, no decorrer do processo, nem sempre se consegue comprovar as suspeitas, mas aí é tarde demais: a “Inês é morta”. As perdas irrecuperáveis.

MEMÓRIA Em 2002, Roseane Sarney liderava as pesqui­sas para a Presidência. Mas aí houve uma “blitz” da Polícia Federal e apreensão de dinheiro em sua empresa. Os estra­gos foram irreparáveis e sua candidatura foi na enxurrada.

NO EPISÓDIO houve o dedo do Planalto, que queria a candidatura de Serra na sucessão de FHC. A Polícia Fede­ral é séria, evidente, mas é subordinada ao Ministro da Jus­tiça, escolhido pela presidência da República. Daí…

NO BRASIL muitos políticos passaram pelo Ministério da Justiça: Tancredo Neves, Tarso Genro, Renan Calheiros e Nelson Jobim. Portanto, um cordão umbilical une a agen­da política nacional a esse ministério “versátil”.

FALTANDO pouco mais de uma semana para as eleições, pergunta-se por aí: quais os reflexos eleitorais deste episó­dio nas urnas? Até onde a oposição levará vantagem em ter­mos de votos? Levará o pleito para o 2º turno?

A OPOSIÇÃO tem pressa, corre contra o relógio para di­vulgar sua versão eleitoral do episódio e tentar reverter a enorme diferença nas últimas pesquisas. Os próximos pro­gramas do horário eleitoral prometem…e como!

DO LEITOR “…sem entrar no mérito dos bastidores da Assembleia, é preciso registrar que o PT participa da mesa diretora da mesma com o atuante deputado Pedro Kemp, ocupando o cargo de 1º vice presidente. Portanto…”

PEPINO Acabou sobrando para o corregedor Maurício Pi­carelli a espinhosa missão de apurar na AL as denúncias con­tidas nos vídeos. Por tudo que já foi noticiado e pelas circuns­tâncias, será uma missão espinhosa. Uma “bananosa”.

HOLOFOTES Existe muita gente querendo aparecer neste episódio, principalmente nas manifestações públicas. Des­taque para figuras carimbadas de outros carnavais e que se postam agora de puritanos e guardiões da moralidade.

FRUSTRAÇÃO Quando a Justiça tem a grande chance de mostrar serviço, frustra a opinião pública. Foi assim tam­bém na votação do “Ficha Limpa”. Deixam tudo para a últi­ma hora. Até parece combinação. E agora?

CANDIDATOS interessados na decisão do caso continu­am em campanha, mas inseguros, sem saber como e quan­do será o final. Aqui merecem destaque os casos de Dago­berto, Luizinho Tenório e Raul Freixes.

A CHEGADA é ponto importante em qualquer campanha. Não adianta disparar no início e imitar cavalo paraguaio na reta final. Nesta fase vários fatores acabam até mudando resultado que era tido como certo.

É O CASO de Dagoberto que sempre esteve em 2º lugar para o Senado e que segundo o Ipems, está perdendo o pos­to para Moka: 40,20% contra 34,13%. Murilo surpreende e chega aos 27,83% e Delcídio tem cravado 60,27%.

OS NÚMEROS da pesquisas mostram que a vinda de Lula influenciou pouco, apesar de bem explorada pela coli­gação de Zeca do PT. Mostram também o poder de fogo do prefeito Nelsinho e do próprio governador André.

DIVIDIDOS entre os grupos de Zeca e Delcídio, os petis­tas ligados ao senador já apostam que ele terá mais votos que o ex-governador. Caso isso seja confirmado, ficará evi­dente que o Senador é quem dará as cartas no futuro.

NA TELINHA Candidatos usam a imaginação para “ven­der o peixe”. Aqui tem gente que canta, exagera na biografia, no nome, nas roupas e nas propostas. A audiência baixa do horário eleitoral estariam assim plenamente justificada.

A DÚVIDA Será que conseguirão ainda neste a renúncia pura e simples de Artuzi e Carlinhos Cantor, possibilitando assim a convocação de novas eleições? Tem gente achan­do ser possível essa costura, após as eleições.

A OPINIÃO pública douradense é contra que Délia Razuk assuma a prefeitura em caráter definitivo. Vários fatores pe­sam, inclusive as citações de Passaia envolvendo Roberto Razuk. E a insegurança de Délia é visível. De leve…