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Pecuária perde espaço para o eucalipto em Três Lagoas

Pecuarista e consultor agropecuário diz que houve mudança no sistema de produção da pecuária de corte

Pecuária perde espaço para o eucalipto em Três Lagoas. - Arquivo/JPNews
Pecuária perde espaço para o eucalipto em Três Lagoas. - Arquivo/JPNews

A mudança da matriz econômica de Mato Grosso do Sul, principalmente na região do Bolsão, onde está Três Lagoas, deve-se a instalação das fábricas de celulose. No município estão em pleno funcionamento, as duas unidades da Suzano e uma da Eldorado Brasil. A terceira unidade da Suzano em Mato Grosso do Sul está em construção em Ribas do Rio Pardo, e a quarta fábrica, da Arauco, será instalada em Inocência.

Em virtude da instalação dessas fábricas, cresce o arrendamento de áreas que antes eram destinadas à criação de gado e agora são ocupadas por florestas de eucaliptos. 

Três Lagoas chegou a ter quase um milhão de cabeças de gado, mas com a plantação de eucalipto para atender a demanda das fábricas de celulose, o rebanho bovino ficou reduzido pela metade ao longo dos anos. Em 2004, tinha 957 mil cabeças de gado. Em 2020, reduziu para 530.685, enquanto que, em 2021, chegou a 499.600. E no ano passado, segundo dados da Pesquisa da Pecuária Municipal – PPM, divulgada na semana passada pelo IBGE, o município registrou 485.552 cabeças de gado. 

O pecuarista e consultor agropecuário, Ivan Carrato, destaca que de fato houve uma diminuição no número de pessoas criando gado para pecuária de corte. No entanto, ressalta que também houve uma mudança no sistema de produção, com os avanços da tecnologia.

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