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Morte de paciente em UPA pode ter sido causada por imprudência médica

A vítima teve uma parada cardíaca após aguardar atendimento por cerca de duas horas

Marcelly pode ter sido vítima de imprudência médica
Marcelly pode ter sido vítima de imprudência médica

A Polícia Civil investiga se a mulher de 33 anos que morreu na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Coronel Antonino, em Campo Grande, foi vítima de imprudência médica. A assistente social morreu na terça-feira (23), quando procurou por atendimento, já com o diagnóstico de dengue.

A Delegacia de Pronto Atendimento do Centro Especializado de Polícia da Capital (Cepol) deu início a investigação da morte de Marcelly Marcia Franca de Almeida. Segundo informações apuradas pela delegada Joilce Silveira Ramos, Marcelly pode ter sido vítima de imprudência médica.

O laudo do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (Imol) deve apontar a causa da morte e contribuir com as investigações. "Se foi por causa da demora, seria a imprudência. Então é isso que vai ser investigado e apurado ao final”, afirmou a delegada que confirmou o depoimento dos familiares da vítima. O próximo passo é ouvir médicos e funcionários da UPA, pacientes que testemunharam a situação e fazer as análises de prontuário médico, além de verificar as imagens de segurança.

A Cepol encaminhou o caso para a 2ª Delegacia de Polícia Civil.

Marcelly Chegou ao UPA do bairro Coronel Antonino por volta da uma hora da tarde da última terça feira, já com o diagnóstico de dengue, de acordo com familiares. Na unidade, a vítima passou pela triagem e recebeu a pulseira amarela (protocolo de Manchester), que indica o tempo máximo de espera por atendimento – nesse caso em até uma hora – mas a paciente aguardou por cerca de duas horas por atendimento, quando foi levada para a ala de internação de emergência da UPA, onde sofreu uma parada cardíaca.

O corpo de Marcelly deve ser velado e enterrado no cemitério Jardim da Paz em Campo Grande na tarde desta quinta-feira (25).