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"Cowboy de Aço" se prepara para sua terceira participação nos Jogos Paralímpicos

O canoísta paralímpico Fernando Rufino, de Itaquiraí, está se preparando para sua terceira participação nos Jogos Paralímpicos, que serão realizados em Paris, na França, em 2024

Fernando Rufino foi campeão paralímpico em Tóquio - Foto: Divulgação/Fundesporte
Fernando Rufino foi campeão paralímpico em Tóquio - Foto: Divulgação/Fundesporte

O paracanoísta Fernando Rufino, de Itaquiraí, está se preparando para sua terceira participação nos Jogos Paralímpicos, que serão realizados em Paris, França, em 2024. O atleta, que coleciona títulos e medalhas em campeonatos relevantes, como o ouro inédito nos Jogos Paralímpicos de Verão de 2020, em Tóquio, na prova de VL2 percurso de 200m e o bicampeonato Mundial de paracanoagem conquistado recentemente, garante que está confiante para a competição.

"Eu nunca parei de treinar. Em 2020 não teve as Olimpíadas por causa da pandemia, mas treinei o ano inteiro certinho como se tivesse. Pra gente que é atleta de rendimento, que vive do esporte mesmo, nós treinamos o ano todo, de férias, feriados, dias de folga", afirmou Rufino.

O atleta conta que, apesar do tempo mais curto entre um ciclo e outro das Paralimpíadas, a preparação está sendo tranquila. "Já começou, tudo que eu faço hoje de exercício é pensando nesse evento. Hoje até final do ano, o foco é no meu condicionamento físico, na minha base de treinamento. Já tive o descanso necessário de um mês, viajando, curtindo a família, os amigos, mas agora começa uma trajetória rumo a Paris. Meu principal campeonato é os Jogos de Paris. Eu tenho mais uma classificatória importantíssima para fazer, em uma outra categoria que é o caiaque, na Copa do Mundo na cidade de Szeged, na Hungria", disse.

Rufino também falou sobre o nível de competitividade da paracanoagem. "Esse ano, eu senti muito o nível dos atletas. E creio que para as Olimpíadas pode dificultar um pouco mais. Eu tenho dez adversários difíceis. Entre o primeiro e o último, a diferença é de um segundo e meio. Então, eu tenho dez países que estão liderando, sabe? O Brasil é um deles, mas tem países que têm um investimento muito forte e estão há muitos anos na canoagem", afirmou.

O atleta conta que, apesar dos desafios, está confiante de que pode conquistar mais medalhas para o Brasil. "Eu estou muito motivado para essa competição. Eu tenho uma história muito bonita na canoagem e eu quero continuar escrevendo essa história. Eu quero trazer mais medalhas para o Brasil, para o meu estado, para a minha cidade, para a minha família", concluiu.

Trajetória nas remadas

Fernando Rufino começou a praticar paracanoagem em 2012, aos 27 anos, após sofrer um acidente que o deixou paraplégico. Antes disso, ele era peão de rodeio e tinha o sonho de viajar pelo mundo.

O atleta conta que, quando descobriu a paracanoagem, se apaixonou pelo esporte. "Eu só mudei de montar em touro para montar no caiaque. Por isso meu caiaque tem o nome de Burro Branco e a canoa que eu tenho é Vaca Brava", afirmou.

Em pouco tempo, Rufino se tornou um dos principais nomes da paracanoagem mundial. Ele já conquistou dois campeonatos Mundiais, uma medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Tóquio e uma medalha de bronze nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro.

Apoio do Governo de Mato Grosso do Sul

Rufino conta que o apoio do Governo de Mato Grosso do Sul foi fundamental para sua carreira. O atleta recebe o Bolsa Atleta, um programa do governo que oferece auxílio financeiro a atletas de alto rendimento.

"O Bolsa Atleta é muito importante para mim. Ele me ajuda a pagar as despesas com treinamento, alimentação e viagens. Sem esse apoio, seria muito difícil eu competir em alto nível", afirmou.