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Investigação

Polícia investiga suposto maus-tratos após morte de bebê de 10 meses

Criança foi levada sem sinais vitais ao Hospital Regional

Pais disseram que o filho havia se engasgado mas médica encontrou hematomas no corpo da criança. - Arquivo/JPNEWS
Pais disseram que o filho havia se engasgado mas médica encontrou hematomas no corpo da criança. - Arquivo/JPNEWS

A Polícia Civil iniciou uma investigação sobre a morte de um bebê, de 10 meses. O caso começou a ser apurado depois que a criança foi levada ao Hospital Regional, de Três Lagoas, na tarde de quarta-feira (18), em estado inconsciente e com hematomas na cabeça. Infelizmente, a situação se agravou, e o bebê veio a óbito na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, no período da noite, no mesmo dia.

Por volta das 14h, a criança foi levada às pressas ao Hospital Regional, em um estado de inconsciência profunda, com ausência de sinais vitais e apresentando coloração arroxeada, um sinal característico em vítimas que permanecem sem oxigenação por um período prolongado. A suspeita inicial que motivou a corrida ao hospital foi um possível engasgamento com leite materno, depois que a mãe alimentou a criança e a colocou no berço.

Entretanto, durante o atendimento médico na UTI, um parente que estava aguardando por notícias, relatou à médica de plantão que os pais da criança residiam no bairro Jardim Imperial, e que, segundo testemunhas, a mãe teria amamentado o bebê e o colocado no berço. Algum tempo depois, os pais teriam percebido que a criança não apresentava sinais de respiração. Segundo os relatos dos pais, o berço da criança continha vestígios de vômito.

Após a descoberta, os pais pegaram o menino, que estava no bairro Jardim Imperial, na saída para Campo Grande, e a levaram às pressas para o Hospital Regional, localizado no extremo oposto da cidade, na saída para o Balneário Municipal. Na emergência do hospital, foram realizadas manobras de reanimação, uma vez que a criança estava sem pulso, não reagia à luz e não possuía temperatura corporal, além de não apresentar sinais de movimentação torácica e apresentar coloração arroxeada na pele, um sinal clássico de vítimas de parada cardiorrespiratória.

Durante o atendimento médico, a chefe da UTI pediátrica notou marcas de hematoma na cabeça da criança, despertando suspeitas. A médica solicitou que a Polícia Militar fosse acionada para investigar o caso. Em sua conversa com os militares, a médica detalhou a situação e informou que havia observado dois hematomas no corpo da criança, um na testa e outro no couro cabeludo. Uma tomografia intracraniana foi realizada para apurar se o bebê teria sofrido algum tipo de trauma craniano.

Após ouvir o relato da médica da UTI e coletar informações sobre os pais da criança, os militares dirigiram-se à Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac), onde o caso foi oficialmente registrado pela Polícia Militar como um caso de maus-tratos a vulnerável resultando em morte. Um inquérito foi instaurado pela Polícia Civil para aprofundar a investigação sobre o caso.