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Direita confusa e sem rumo na política de MS

Bolsonaro pode acabar criando conflitos e divisão na sua base no Estado em falar de vários nomes para concorrer a prefeitura da Capital

Adilson Trindade em participação no Jornal CBN Campo Grande - Foto: Duda Schindler/CBN-CG
Adilson Trindade em participação no Jornal CBN Campo Grande - Foto: Duda Schindler/CBN-CG

PL e PP, dois partidos da direita, não deverão caminhar juntos no primeiro turno da disputa pela Prefeitura de Campo Grande e Dourados, principais colégios eleitorais do Estado. O PP já tem a prefeita Adriane Lopes como pré-candidata a reeleição. Já o PL está com suas lideranças batendo cabeça. Todas sabem o que querem para a sucessão na Capital, mas não sabem quem será o indicado para representar o partido na corrida eleitoral.

A discussão sobre a definição do pré-candidato a prefeito do PL não passa de conversas e mais conversas. E a confusão aumenta quando entra nas conversas o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele sinalizou apoio a reeleição de Adriane, acenou para o deputado federal Marcos Pollon e depois conversou com o ex-deputado estadual Capitão Contar. Essa postura do ex-presidente de não ter posição concreta sobre quem será o pré-candidato a prefeito, gera insegurança no partido.

Bolsonaro foi enfático, no entanto, em videochamada para os participantes do I Seminário da Direita de Amambai, realizado dia 11 deste mês, na determinação do PL ter candidato próprio a prefeito de Campo Grande. Até citou o nome do Capitão Contar. Bolsonaro contou que tem conversado bastante com Contar.
Só que Contar ainda enfrenta resistência de bolsonaristas de primeira hora dentro do PL. Tanto é que nem todos seguiram a recomendação do ex-presidente para apoiá-lo na disputa pelo governo do Estado. A maioria fechou com Eduardo Riedel, do PSDB.

Bolsonaro declarou que não apoiará a reeleição de Adriane Lopes, porque a prioridade é dar força a um nome do PL. Adriane é candidata da ex-ministra da Agricultura de Bolsonaro, a senadora Tereza Cristina, do PP. No segundo devem se unir contra um candidato da esquerda. Só que em Campo Grande, a esquerda só terá, no momento, a deputada federal Camila Jara, do PT. Os outros pré-candidatos foram aliados de Bolsonaro na corrida presidencial, como Beto Pereira, do PSDB.

O ex-governador André Puccinelli, do MDB, também, não é de esquerda. Ele se identifica mais com o centro. Mas dependendo das circunstâncias políticas, ele transita na direita e na esquerda.
Já em Dourados, outro aliado deve ser adversário na disputa pela prefeitura. Bolsonaro defende candidatura própria no município. Só que o PL ainda tem um nome competitivo e busca alguém de outro partido. E esse alguém é o suplente de deputado estadual Marçal Filho, que hoje está no PP. Só que o seu partido está fechado com o prefeito Alan Guedes por imposição da Tereza Cristina. Sem espaço, Marçal está sendo assediado pelo PL e pelo PSDB.

Confira na íntegra: