O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL) foi apontado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, em super live no domingo, como um dos seus informantes em Mato Grosso do Sul. Bolsonaro disse que a tal Abin Paralela não passa de narrativa, porque buscava informações com amigos e militares em vários estados sobre os problemas locais.
Em Mato Grosso do Sul, Bolsonaro disse que falava com o "Gordinho de Dourados" para saber, por exemplo, sobre invasão de terras e situação dos índios. O "Gordinho de Dourados", a quem o ex-presidente se refere é o deputado federal Rodolfo Nogueira. Ele pegou esse trecho da fala do ex-presidente e postou em sua página no Instagram.
Só que a Polícia Federal com autorização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), investiga monitoramento ilegal da Abin dos adversários políticos e autoridades. Para falar sobre esse assunto, Bolsonaro participou de uma super live domingo com os filhos, senador Flávio, deputado federal Eduardo, e o vereador Carlos, para explicar como funcionava a coletagem de informações extraoficiais.
Na ocasião, Bolsonaro disse que o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência Alexandre Ramagem é “um cara fantástico” e chamou de “narrativa” a questão de uma “Abin paralela”. Ramagem é hoje deputado federal e foi alvo de operação da Polícia Federal em sua residência e gabinete na Câmara dos Deputados.
E nesta segunda-feira, um dia depois da super live, o Carlos, filho de Bolsonaro, foi alvo da operação da Polícia Federal de busca e apreensão. E na casa dele, foi apreendido um computador da Abin.
As investigações da PF identificaram que os dados coletados pela Abin Paralela eram repassados ao Carlos Bolsonaro.
Confira na íntegra: