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Trabalho remoto cresce em Mato Grosso do Sul, com rendimento acima da média

Rendimento de quem trabalha por meio de aplicativos em MS foi o maior do Brasil

105 mil pessoas trabalharam remotamente em MS em 2022 - Foto: Reprodução/Agência Brasil
105 mil pessoas trabalharam remotamente em MS em 2022 - Foto: Reprodução/Agência Brasil

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados sobre o trabalho remoto e trabalho por meio de aplicativos em Mato Grosso do Sul em 2022. O estado contou com 105 mil pessoas trabalhando remotamente, representando 7,5% da população ocupada. Desse total, 79% foram por meio de teletrabalho, o conhecido home office.

O teletrabalho é uma modalidade de trabalho remoto em que o trabalhador utiliza equipamentos de tecnologia para trabalhar de casa. O trabalho remoto, por sua vez, é uma forma de trabalho que não exige a presença física do trabalhador no ambiente de trabalho.

O estudante, Vinicius Bruschi, trabalha em uma empresa de soluções em software, e ele conta sua experiência com o teletrabalho. "Eu trabalho na mesma empresa há mais de dois anos, e comecei no home office há mais de um ano. Inicialmente o teletrabalho veio de uma forma emergencial, por conta da pandemia de COVID-19, mas depois acabei optando por manter o teletrabalho. O home office veio pra ajudar muita gente que tinha dificuldade para se locomover ao local de trabalho. Só de não ter que encarar o trânsito, acordar mais cedo, ajudou muito. Minha rotina de manhã ficou mais tranquila", comentou.

De acordo com o IBGE, a carga horária semanal de quem realiza o teletrabalho é, em média, duas horas menor daqueles que não realizam o teletrabalho. Já o rendimento médio de quem faz o home office no próprio domicílio é de R$ 5.680. Número 91% maior daqueles que não realizam o teletrabalho em casa.

Vinicius aponta que a carga horária realmente diminuiu com o teletrabalho. "Eu não senti um aumento na demanda, pelo contrário, por trabalhar home office e não ter esse tempo de translado, diminuiu a minha carga horária, por conta que consigo resolver as demandas de forma mais rápida em casa".

Já o engenheiro de computação, Matheus Mendes, tem uma percepção contrária, que por estar trabalhando em casa a demanda do serviço aumenta. "Trabalho desde 2020 remotamente, essa é a minha terceira empresa em que trabalho remoto. Acredito que a carga horária seja um pouco maior do que o trabalho presencial por conta que a gente quer ficar um pouquinho a mais se uma tarefa estiver incompleta, e se você estiver disposto e com energia, você fica um pouco a mais pra entregar, às vezes muito mais tempo", afirmou.

Outro dado da pesquisa do IBGE mostra que 23 mil pessoas realizaram trabalho por meio de plataformas digitasi no estado. O rendimento médio dos trabalhadores por meio de aplicativos em Mato Grosso do Sul foi de R$ 5.155 por mês, o maior do país. No entanto, a jornada de trabalho também é mais extensa, com uma hora a mais por semana do que os trabalhadores não plataformados.

O estudante de direito Brendon Vieira conta como começou a trabalhar por meio de aplicativos. "Desde quando entrei na faculdade sempre fiz estágio, nunca tive experiência de trabalho com carteira assinada. E quando acabou meu último estágio, tive muita dificuldade de arranjar um emprego, e aí eu vi no aplicativo uma maneira mais fácil de arranjar emprego e de conciliar com a minha faculdade. Eu trabalho com uma meta, fazer de 30 a 35 reais por horas. Particularmente gosto de trabalhar de 10 a 12 horas por dia", frisou o estudante.