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Prefeitura abre mão de R$ 15 milhões em investimentos na Saúde

Município perdeu prazo para firmar parceria que dobraria o número de equipes do Programa Saúde da Família

Unidade de atendimento na região oeste da Capital - Foto: Reprodução/PMCG
Unidade de atendimento na região oeste da Capital - Foto: Reprodução/PMCG

 No dia 4 de agosto a prefeita Adriane Lopes anunciou o início de uma nova fase na área da Saúde em Campo Grande, com a ampliação dos serviços de Atenção Básica, por meio da criação de 146 novas equipes do Programa  de Saúde da Família (PSF).

O anúncio foi feito em seu gabinete, na presença do secretário municipal de Saúde Sandro Benitez, do superintendente do Ministério da Saúde em Mato Grosso do Sul, Ronaldo Costa, e demais técnicos da área.

O encontro foi inclusive divulgado pela assessoria de Comunicação da prefeitura. A ampliação dos serviços é fruto de tratativas entre o município e o Ministério da Saúde, cujo alinhamento foi estabelecido durante exaustivos cinco dias de muita discussão.

Ao final das negociações, ficou estabelecido que o Ministério da Saúde iria bancar os custos com a implantação das 156 novas equipes do PSF, ao custo de cerca de R$ 15 milhões ao ano.

Outra vantagem: o ministério iria disponibilizar serviços e-multi (atendimento virtual com especialistas, pelo sistema de teleatendimento), para cada uma das equipes do PSF.

Além disso, o Ministério da Saúde disponibilizaria recursos financeiros para a criação de 160 equipes de saúde bucal, no âmbito do Programa Brasil Sorridente.

Para ter acesso a todos esses investimentos, caberia à prefeitura se manifestar e informar de forma expressa ao Ministério da Saúde o interesse de pactuar a parceria até o dia 30 de setembro.

Embora estivesse ciente a respeito do prazo, por não ter se manifestado até agora, a prefeitura perdeu os investimentos para este ano. A esperança é a de que a parceria seja pactuada para o ano que vem. 

Enquanto isso não acontece, Campo Grande continua com as 197 equipes do PSF em atividade, com cobertura de 82,53% na Atenção Primária à Saúde, menor do que os índices de Ponta Porã (100%), Três Lagoas (100%), Dourados (84,22%) e Corumbá (85,16%).