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Engasgo em crianças: saiba qual procedimento adotar para evitar riscos

Segundo levantamento do Corpo de Bombeiros, Três Lagoas registra um atendimento por engasgo a cada 15 dias

Segundo levantamento do Corpo de Bombeiros, Três Lagoas registra um atendimento por engasgo a cada 15 dias - Divulgação
Segundo levantamento do Corpo de Bombeiros, Três Lagoas registra um atendimento por engasgo a cada 15 dias - Divulgação

A obstrução das vias aéreas, também conhecida como engasgo, é mais comum em crianças de até dois anos. É causada, principalmente, pela ingestão de líquidos, através da amamentação ou de água, como também por objetos com alimentos em estado sólido.

O sistema digestivo do recém-nascido ainda está na fase de desenvolvimento, e não comporta deglutições volumosas de uma só vez. Por isso, é necessária muita atenção e cautela, para evitar riscos que comprometam a vida do bebê.

Em Três Lagoas, segundo levantamento realizado pelo 5º Grupamento de Bombeiros Militares, é realizado um atendimento por engasgo a cada 15 dias. Na maioria das vezes, os bombeiros conseguem concluir chamadas até mesmo pelo telefone, através do 193 orientando as mães. 

Segundo o tenente-coronel Fábio Assis, para prevenir acidentes, após a amamentação, a criança deve ser colocada em pé, com a cabeça encostada ao ombro do adulto. Neste momento, devem ser dados leves toques nas costas do bebê, para provocar o arroto.

A posição de dormir também deve ser levada em conta. É recomendado a posição de barriga para cima, como orienta o tenente coronel. “Se ocorrer algum problema, o bebê ainda consegue chorar e se mover com maior facilidade”. A posição para baixo dificulta os movimentos e facilita a obstrução das vias, pois a criança não tem força o suficiente para conseguir mexer o próprio corpo.

Os sintomas de engasgo podem ser identificados quando há uma dificuldade da criança em chorar ou quando a pele da face começa a ficar com a cor roxa. Neste momento, é necessário iniciar, de forma imediata, o procedimento para aliviar o congestionamento, que pode ser feito por uma pessoa adulta responsável pela criança.

O processo deve ser feito em um ambiente seguro, no qual o bebê deve ser apoiado nas pernas do adulto com a barriga para baixo, primeiramente. Devem ser dados cinco leves tapas nas costas, utilizando apenas o peso da mão, sem o uso da força. Logo após, a criança deve ser virada para cima e realizar uma massagem com os dedos indicador e médio, entre os dois mamilos, sem que ultrapasse dois centímetros de profundidade, e sem utilizar a força.

Caso ainda não tenha voltado a normalidade, deve ser repetido o procedimento e ligar imediatamente para o Samu, através do 192, ou para o Corpo de Bombeiros, no 193, e notificar a ocorrência.

Nos casos de engasgo com objetos sólidos, deve ser adotado o mesmo procedimento, no qual também deve ser verificado, com o uso do dedo “mindinho”, se o objeto se encontra na boca do bebê, para que seja retirado.

De acordo com a Prefeitura de Três Lagoas, o município conta com um grupo de encontro mensal, em todas as unidades de saúde da família (USFs), para gestantes que realizam o pré-natal nestes locais. Nestas reuniões, são abordados todos os temas que envolvem a maternidade e os cuidados com os recém-nascidos, incluindo a amamentação de forma correta e a prevenção de riscos, como o engasgamento.