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Saúde

Três Lagoas registra 4,6 mil casos de dengue

Mato Grosso do Sul apresenta 40.176 casos confirmados da doença

No estado, 40 óbitos por dengue foram contabilizados neste ano. - Foto: Reprodução/Agência Brasil
No estado, 40 óbitos por dengue foram contabilizados neste ano. - Foto: Reprodução/Agência Brasil

Nos últimos dias, Mato Grosso do Sul tem enfrentado temperaturas acima da média que além de causar riscos à saúde, também impactam nos casos de doenças virais transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Arboviroses como a dengue se proliferam com maior facilidade em períodos mais quentes, e por isso, exigem atenção redobrada.

De acordo com o Boletim Epidemiológico Dengue, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), atualmente o estado apresenta 40.176 casos confirmados da doença em 2023. O índice representa aproximadamente o dobro dos casos registrados no ano anterior, que somaram 21.328 pessoas contaminadas de janeiro a dezembro. Além disso, 40 óbitos por dengue foram contabilizados neste ano.

Entre os 79 municípios de Mato Grosso do Sul, 74 deles classificam-se com alta incidência de casos prováveis, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ribas do Rio Pardo, Terenos, Paranaíba e Tacuru apresentam incidência média, enquanto apenas Aparecida do Taboado atinge baixa incidência.

Campo Grande lidera a lista com o maior número de casos confirmados da doença, com 11.801, seguida por Três Lagoas (4.613) e Corumbá (2.202). Apesar da capital apresentar altos números de contaminação, possui baixa incidência por número de habitantes. O município de Alcinópolis é responsável pela maior incidência de confirmações do estado, com 9.036,8.

Segundo a enfermeira da SES, Bianca Modafari Godoy, a doença pode atingir todas as idades, com gravidade e impactos que podem variar. Além disso, crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico vulnerável representam os grupos mais afetados pela dengue.

“Isso ocorre porque esses grupos podem ter mais dificuldade em lidar com a infecção e desenvolver complicações graves devido à resposta do sistema imunológico e a capacidade de combater o vírus limitada”.

Além da dengue, o Aedes aegypti também é o mosquito transmissor de doenças como a Chikungunya e o Zika Vírus. Entre as medidas para controlar sua proliferação e evitar a contaminação, recomenda-se:

Evitar água parada, em qualquer época do ano, mantendo bem tampado tonéis, caixas e barris d’água ou caixas d’água;

Acondicionar pneus em locais cobertos;

Remover galhos e folhas de calhas;

Não deixar água acumulada sobre a laje;

Encher pratinhos de vasos com areia até a borda ou lavá-los uma vez por semana

Fazer sempre a manutenção de piscinas.

Ainda, é importante ficar atento aos sintomas da dengue, que incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Em casos mais graves, o paciente pode apresentar também dor abdominal, vômitos persistentes, diarréia, desânimo e sangramento de mucosa.

Bianca Modafari Godoy destaca que em casos de suspeitas de Dengue, o ideal é manter hidratação e repouso, além de buscar atendimento em uma unidade de saúde. O acompanhamento do paciente é indispensável para o monitoramento e o tratamento adequado dos sintomas.

“Importante ressaltar que não deve se automedicar, pois caso faça uso de anti-inflamatórios como aspirinas pode piorar a coagulação sanguínea e consequentemente o estado de saúde, já que a dengue pode causar hemorragia”.

Em caso de dúvidas, entre em contato com o Plantão CIEVS Estadual através do disque-notifica pelos telefones: (67) 9 8477-3435, 0800-647-1650 ou (67) 3318-1823.