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Após 4 meses, inquérito que envolve dois corpos carbonizados em Três Lagoas segue sem conclusão

Um homem e uma mulher foram encontrados mortos, na mesma data, em pontos diferentes da cidade

Um homem e uma mulher foram encontrados mortos, na mesma data, em pontos diferentes da cidade. - Foto: Alfredo Neto/JPNews
Um homem e uma mulher foram encontrados mortos, na mesma data, em pontos diferentes da cidade. - Foto: Alfredo Neto/JPNews

Após quatro meses, a Polícia Civil ainda não conseguiu concluir a investigação que envolve dois corpos encontrados carbonizados, em Três Lagoas. As vítimas são Denis Antônio de Souza Queiroz, de 31 anos, e Leide Jasmin Rodrigues, de 21 anos. Os dois foram assassinados, em 22 de julho deste ano, mas os corpos localizados em pontos diferentes da cidade. De acordo com o delegado do Setor de Investigações Gerais (SIG), Ricardo Cavagna, o inquérito está sob sigilo e, por isso, não é possível dar detalhes das investigações, como, por exemplo, a motivação do crime e autoria.

Na data do fato, a Polícia Militar foi acionada por moradores para comparecer na avenida Custódio Andrews, no bairro Chácara Imperial. No local, os policiais encontraram o corpo de Leide Jasmin totalmente carbonizado. Minutos depois, o corpo de Denis foi encontrado por um ciclista, às margens da BR-158, na região do bairro de Montanini.

A identificação deles ocorreu quatro dias depois e, segundo a apuração, os dois foram vistos juntos e estariam namorando.

Para o SIG, o caso é delicado e qualquer informação pode atrapalhar as investigações. À época do crime, familiares de Denis chegaram a comentar nas fotos, em redes sociais, que “ele era uma pessoa boa, pai de família, exemplar”. No entanto, após algum momento da vida “acabou tomando rumos diferentes ao que lhe havia sido ensinado pelos pais”, segundo as declarações.

Foi cogitado na ocasião que o alvo principal seria Denis e, que, Leide teria sido executada por queima de arquivo. Isso porque Denis teria supostamente se envolvido com o crime organizado no interior do estado de São Paulo e após desentendimentos acabou ameaçado de morte. Dessa forma, teria tentado fugir para o Paraguai, onde conheceu Leide. Com quatro meses de relacionamento, o casal decidiu vir para Três Lagoas com intenção de seguir posteriormente para o interior paulista.

Ainda segundo informações extraoficiais, Leide Jasmim teria ligado para a mãe, que reside em Ponta Porã, relatando que o casal estaria esperando uma confirmação para seguir viagem. Depois, não houve mais contato com a filha. Denis teria residido em várias cidades do Paraguai e de Mato Grosso do Sul, como Ponta Porã, onde se apresentava como corretor de imóveis, depois que saiu do estado de São Paulo.

Algumas pessoas entre familiares e moradores, com quem as vítimas tiveram contato antes de serem mortas, chegaram a prestar depoimentos na Polícia Civil, mas não houve indiciamento de suspeitos. No decorrer das investrigações, também foi descartado pela polícia a ligação do crime que envolve o casal com outros dois corpos que também foram encontrados carbonizados, no porta-malas de um carro, em Campo Grande, na data de  22 de julho. A Polícia Militar teria sido chamada por populares e a equipe encontrou o carro em chamas.